Inflação cai para 3,94% em maio, a menor desde outubro de 2020
A inflação desacelerou a 0,23% em maio e ficou abaixo das projeções
O índice oficial de inflação do Brasil desacelerou para 0,23% em maio, após subir 0,61% em abril, segundo dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta quarta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
PASSAGEM AÉREA, GASOLINA E ALIMENTOS IMPACTAM DADO DE MAIO
A variação de 0,23% é a menor para meses de maio desde 2020 (-0,38%), fase inicial da pandemia. Dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados, 7 tiveram alta no mês passado, disse o IBGE.
O principal impacto (0,12 ponto percentual) e a maior variação (0,93%) foram do segmento de saúde e cuidados pessoais. Na sequência, vieram habitação (0,67%) e despesas pessoais (0,64%), com 0,10 ponto percentual e 0,07 ponto percentual, respectivamente.
Individualmente, os principais impactos para baixo na inflação de maio vieram das passagens aéreas (-0,11 ponto percentual) e da gasolina (-0,10 ponto percentual).
Segundo o IBGE, a desaceleração do IPCA também foi influenciada pelo grupo alimentação e bebidas. O segmento passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% no mês passado.
“Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”, disse André Almeida, analista da pesquisa do IBGE.
Por outro lado, os preços do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%) mostraram altas. “Nos casos do tomate e do leite, os aumentos de preço estão relacionados a uma menor oferta”, disse Almeida.
META DE INFLAÇÃO E JUROS
Em 2023, o centro da meta de inflação, que serve como referência para o BC (Banco Central), é de 3,25%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%).
Ou seja, o IPCA está abaixo do teto da meta nos 12 meses até maio (3,94%). Analistas, porém, esperam que a inflação acumulada volte a ganhar força no segundo semestre, após perder ritmo na primeira metade de 2023.
Esse efeito deve sair do cálculo dos 12 meses até o fim do ano. Em junho e julho, também é esperado que a gasolina seja pressionada pela nova alíquota de ICMS (imposto estadual) e pelo retorno integral de tributos federais.
Na mediana, a variação prevista pelo mercado financeiro para o IPCA é de 5,69% no acumulado até dezembro, de acordo com o boletim Focus mais recente, publicado pelo BC na segunda-feira (5).
A projeção da semana anterior era maior, de 5,71%. Mesmo em baixa, a estimativa continua sinalizando o terceiro ano consecutivo de estouro da meta.
O Copom (Comitê de Política Monetária), ligado ao BC, vem mantendo a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano sob argumento de que busca conter a inflação.
Ao esfriar a demanda por bens e serviços, a medida tenta frear os preços e ancorar as expectativas para o IPCA.
O efeito colateral previsto é a perda de fôlego da atividade econômica, porque o custo do crédito fica mais alto para os investimentos das empresas e o consumo das famílias.
A agropecuária pegou a contramão. Com o estímulo à safra agrícola vindo da melhoria nas condições climáticas, o campo puxou a alta de 1,9% no PIB de janeiro a março.
A possível desaceleração da atividade econômica nos próximos meses preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde o início do mandato, Lula e aliados vêm defendendo a redução dos juros e fazendo críticas em série ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O Copom volta a se reunir nos dias 20 e 21 de junho para definir o nível da Selic. Antes da divulgação do IPCA de maio, analistas projetavam redução da taxa somente a partir do segundo semestre, em agosto ou setembro.
Fonte: POR FOLHAPRESS e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 07/06/2023/15:49:30
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