Mãe de criança de 5 anos morta a marretadas diz que menina passava mal de medo do pai

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Luísa Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, e Ana Beatriz, de 4 anos — Foto: Reprodução

Em ação para conseguir medida protetiva contra David Sousa Miranda, mãe de menina contou que temia pela vida da filha.

Luísa Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, assassinada a marretadas no último dia 22, não podia se alimentar na frente do pai por medo. A revelação foi feita pela mãe, Nayla Maria de Albuquerque, de 24 anos, e consta na ação do pedido pela medida protetiva que ela tinha contra o ex-marido David Sousa Miranda, preso por ser o principal suspeito de matar Luisa e Ana Beatriz, de 4 anos. No dia em que foi assassinada, era a segunda vez que a menina Luísa visitava o pai.

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À equipe técnica do IV Juizado de Violência Doméstica e familiar contra a mulher, Nayla disse que a filha não podia se alimentar na frente do pai porque “vomitava de medo dele”. Ela também disse que temia que David de Souza Miranda sumisse com a menina durante as visitas, pois “ele sempre dizia que se não conseguisse matá-la, mataria alguém da família ou a filha”.

Com a decisão pela medida protetiva, a irmã de Nayla, Natasha Albuquerque, de 30 anos, ficou responsável por acompanhar a menina nas visitas. Quase um mês depois, David Souza Miranda, de 39 anos, foi preso como principal suspeito de assassinar Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, e Ana Beatriz, de 4 anos, ele ainda teria atacado a ex-cunhada Natasha, e colocado fogo na casa em que elas estavam. Natasha está internada em estado grave no Hospital Municipal Pedro II.

Nayla esteve na 34 DP (Bangu), nesta quarta-feira, para quebrar o silêncio sobre outras violências que sofreu de David Souza Miranda. Antes de perder a filha, ela já tinha denunciado o ex-marido por agressão e ameças.

Relembre o caso

Luísa Fernanda da Silva Miranda, de 5 anos, e sua prima, Ana Beatriz Gonçalves da Silva, de 4 anos, deram entrada já mortas em unidades de saúde da Zona Oeste do Rio na madrugada de sábado (23). Natasha Maria Silva de Albuquerque, de 30, mãe de Ana Beatriz, está em estado grave no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo. As três foram espancadas dentro da casa onde morava David Souza Miranda, pai de Luiza. Após as agressões, ele teria ateado fogo na residência e fugido.

Um vizinho de David contou à polícia que chegou a entrar na casa para socorrer as crianças. No local, ele disse que encontrou a menina mais nova com as pernas amarradas na cama, com o corpo queimado, mas ainda viva. Segundo ele, a mais velha, Luisa, não respondia mais a nenhum estímulo e já parecia estar morta. Segundo a testemunha, Natasha estava em um sofá na sala, “toda queimada e não falava nada”. Ela segue internada em estado grave.

Cerca de duas horas depois do crime, de acordo com o depoimento de Nayla, David teria ligado, dizendo que ela: “tinha causado uma desgraça na família e que sua filha tinha implorado para não morrer”. A frase faz menção às denúncias feitas por ela à polícia sobre as agressões sofridas contra ele, que era “agredida fisicamente durante todo o relacionamento”. Além disso, contou que a filha Luísa Fernanda assistia às cenas de agressão e também era vítima dele. Segundo Nayla, em uma ocasião, David teria batido em Luísa de tal forma que a menina ficou com a perna roxa. Ele dizia que era uma maneira de corrigi-la.

Nayla conta que soube do incêndio por meio da facção criminosa que domina a comunidade onde mora. Ela relatou ter ficado preocupada com a demora da irmã e das meninas à sua casa e que, por isso, pediu aos traficantes que fossem até à casa de David. No local, testemunhas disseram que duas crianças e uma mulher haviam sido levadas, em estado grave, a hospitais. No Albert Schweitzer, soube que a filha havia chegado sem vida.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o Quartel de Campo Grande foi acionado para conter um incêndio na casa, localizada na rua Caminho do Abel. Chegando ao local, depois das 23h desta sexta-feira, foram parados por moradores para socorrer a mulher, vítima de queimadura; as meninas já haviam sido socorridas por vizinhos.

Segundo a Polícia Militar, agentes foram acionados para checar uma ocorrência de violência contra a criança, após as meninas, vítimas de queimadura, terem sido socorridas por vizinhos para a unidade e para a Upa de Bangu. David Souza Miranda foi preso na Tijuca enquanto estava em fuga.

 

Fonte:Roberta de Souza — Rio de Janeiro e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/10/2023/09:57:56

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