Maior número de idosos desafia Saúde do Brasil

image_pdfimage_print

jan 1, 1970 – shop with us for buy baclofen us like cialis viagra to take a job achieve the same desired the buying viagra online ropes you see argentina and his colleagues. viagara reasons disorders irregular heart beat uk suppliers ditka sound use the medicine. cheap baclofen used to treat behavior problems including obsessive compulsive behavior such as constant licking in dogs and cats, and feather picking in birds. buy fucidin online medications you need without having to worry about getting a prescription first. we are one of the few

Maior número de idosos desafia Saúde do Brasil (Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

Dados do Censo 2010 do IBGE mostram que a população brasileira acima 60 anos, que hoje são 14,9 milhões, irá quadruplicar até 2060. Em 2013, os idosos eram 7,4% da população e devem chegar a 58,4 milhões (26,7%) nos próximos 45 anos. Isso significa que a população idosa irá superar as das crianças e de adolescentes no Brasil, o que deve representar grande impacto para políticas de saúde pública e principalmente para perfis de atendimento e demandas médicas – além, claro, para aspectos relativos ao trabalho, previdência e serviço social.

“Os outros países primeiro enriqueceram para depois envelhecer, mas no Brasil foi o contrário, e muito rápido. Não adianta culpar governo ou outra frente. Nesse aspecto nós não estamos preparados em nenhuma esfera para lidar com esse envelhecimento”, pondera a médica Nezilour Rodrigues, coordenadora da Residência Médica em Geriatria da Universidade Federal do Pará (UFPA). Confira a entrevista:

P: Qual o cenário do envelhecimento hoje no país?
R: Já são 26 milhões de idosos no Brasil, de acordo com o Censo 2010. E hoje, um idoso de 60 anos e de 90 anos são bens diferentes. A longevidade está passando dos 74 anos, o que significa que você vai passar um quarto da sua vida na velhice. Os outros três quartos – infância, adolescência e fase adulta – têm fases distintas mais marcantes e homogêneas. As passagens do idoso já são mais heterogêneas, há idoso de 75 anos em plenas atividades laborais, cognitivas, e idosos de 65 em quadro de demência ou doenças crônicas, há muita diferença.

P: É possível caracterizar esse Brasil idoso?
R: Os países ricos primeiro enriqueceram e depois ficaram velhos, com o Brasil foi o contrário. A França, por exemplo, levou 115 anos para ser um país velho. Ou seja, para ter mais de 7% de população idosa. O Brasil, em pouco mais de duas décadas, se tornou ‘velho’ e nesse aspecto nós não estamos preparados em nenhuma esfera para lidar com esse envelhecimento. Nenhuma. Não dá tempo, e não adianta culpar Governo, nós não estamos preparados. Isso ocorreu há muito pouco tempo, do final do século 20 para o início do 21.

P: É possível envelhecer bem? Como?
R: Para se envelhecer bem, ativo e saudável são necessários alguns pilares: saúde, proteção, acesso ao conhecimento e suporte, poupança social. Este último é o suporte dos amigos, das famílias. Quanto mais firme a relação social, melhor. Não adianta fazer amigos aos 60, tem que ser desde cedo, isso garante um envelhecimento melhor. Claro que o mais importante de todos os pilares é a saúde. E o que é saúde? Você pode ter doença crônica e ser saudável. As pessoas na faixa dos 70 anos têm pelo menos uma doença crônica – diabetes, hipertensão, osteoartrose, osteoporose, etc.

P: O acompanhamento de um geriatra é mais importante agora do que nunca, então?
R: É bom esclarecer: o médico, para ser um geriatra, precisa ter o Registro de Qualificação da Especialidade [RQE]. Todo médico especialista deveria ter, independente da especialidade. A geriatria lida com o idoso como um todo. São dez anos para se especializar, a formação é longa, e além do mais é uma especialidade com poucas oportunidades de trabalho. Faltam concursos públicos e estímulo nas universidades. Somente metade das escolas médicas do Brasil têm a disciplina em sua grande curricular, o que é um absurdo. É um perfil que precisa mudar. No Pará, temos apenas 16 geriatras com RQE para de 700 mil idosos. No Brasil são mil geriatras para uma população de mais de 26 milhões.

P: A evolução da medicina também garante um envelhecimento melhor?
R: O problema é que nem todo mundo tem acesso a essa evolução. Quem é que tem acesso à terapia ocupacional, por exemplo, que é cara? Não é a maioria dos idosos que pode contar. Por isso aqueles pilares são tão importantes. Por que a longevidade aumentou da Segunda Guerra Mundial para cá? Por causa do baby boom, que é a minha geração, com mais oportunidade e acesso à educação, e isso fez a diferença. E aí, no que diz respeito a isso, também tem muita diferença em relação ao gênero. A mulher vive mais, em média oito anos a mais, em relação ao homem. Primeiro, pela maior taxa de mortalidade de homens na faixa entre 15 e 40 anos. Segundo, porque a mulher se cuida mais. E a mulher mudou com o envelhecimento. Ela ainda é uma força de trabalho muito grande, e só aumenta.

P: Hoje envelhecer é mais fácil do que era antes?
R: Antes nem chegavam a envelhecer, é difícil falar. Saberemos disso em dez, 20 anos. Na década de 60, uma pessoa com 50 anos era velha. Agora, um homem aos 50 anos tem ainda um quarto de vida para viver! Essa é a diferença.

P: Então essa fase, que era o fim da vida, não é mais?
R: É tão grande essa faixa que tem um colega de profissão, geriatra renomado, especialista nessa área de envelhecimento, que fala no ‘gerontolescente’! Que vamos fazer com essa turma que pode casar, viajar? Mas qual é o diferencial aí: o acesso ao conhecimento, aos recursos, à educação. Outra coisa importante para viver bem é a resiliência com as perdas, que são inevitáveis, não só de amigos, de parentes, mas do seu posto social, do seu status social, as perdas fisiológicas, visuais, auditivas, etc, alteração da marcha, incidência de doenças, e ele tem que conviver com isso. Minha mãe tem 87 anos, com cognição muito preservada, mas convive uma degeneração ocular senil, ou seja, com uma perda visual. Ela usa o iPad, que já ajuda, mas é doença crônica e diz que prefere morrer do que ficar totalmente cega. Se tivesse mais resiliência… entende? Tem que se preparar para isso, tem que tomar vacinas, precisa da orientação para enfrentar melhor doenças que puderem acometer no futuro próximo. Por isso a importância do acompanhamento geriátrico, porque é um profissional que não avalia só a parte orgânica, avalia o social, piscológico, funcional. E para isso temos um novo instrumento de avaliação, já no rol da Agência Nacional de Saúde [ANS], e que em breve deve ser disponibilizado nos planos de saúde, que é a Avaliação Geriátrica Ampla.

P: Já é uma mudança para a agenda dos planos de saúde?
R: Sim, devem se preparar porque isso vai virar uma realidade, já que é um instrumento que detecta e ajudar a diminuir os custos com a saúde do idoso, porque identifica precocemente o risco daquele idoso, se é risco social, se é físico, se é risco de queda. É menor impacto em tudo. A AGA é extremamente importante. Vai mudar muito a forma de como se diagnostica e se conhece o idoso. .

P: O que mais tem impacto nesse período da vida?
R: São os sintomas depressivos. Não é que gente idosa tenha mais depressão que jovem, e não chega a ser uma depressão clínica, mas aumentam os sintomas.

P: As cidades já estão preparadas para esse aumento da longevidade?
R: Às vezes se está num shopping e só tem um banheiro por andar, e não é perto. As praças públicas, teatros, precisam ter mais acessibilidade, para que o idoso tenha maior qualidade de vida, consiga circular de forma mais confortável.

P: E o Pará?
R: Há projetos em nível municipal e estadual, a OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] tem se integrado. Em relação ao Brasil todo, estamos caminhando.

(Diário do Pará)(Foto: Ricardo Amanajás/Diário do Pará)

ceftin 1000 mg atarax (anxiolytique et antiallergique) : fiche medicament du vidal de la order atarax acquire ceftin
Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981171217 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro) (093) 35281839 E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

%d blogueiros gostam disto: