MP acusa PMs de usar quartel como sede de cursinho do Enem.

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Militares também são acusados de receber R$ 25 mil para fazer segurança privada de uma mineradora em Floresta do Araguaia

Foto: Divulgação (MPPA)O promotor Armando Brasil. Foto: Divulgação (MPPA)
Foto: Divulgação (MPPA)O promotor Armando Brasil. Foto: Divulgação (MPPA)

Foto- O promotor Armando Brasil. Foto: Divulgação (MPPA)
Nove policiais militares do 22º Batalhão de Polícia Militar de Floresta do Araguaia e Redenção foram denunciados pelo Ministério Público do Estado do Pará pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação e desobediência à ordem judicial. O grupo é acusado de usar as instalações do quartel para a realização de um cursinho preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e concursos públicos. Os PMs também são acusados de atuarem como seguranças particulares em uma mineradora da região, utilizando o aparato estatal.

Segundo o MP, o major Daniel Dias patrocinou um curso nas instalações do quartel. No local estão armazenadas armas de grosse calibre, coletes balísticos, munições e viaturas da PM, estando proibida a circulação de civis. O MP passou a investigar o caso após receber uma denúncia anônima de que o curso utilizou toda a estrutura do quartel como salas, retroprojetores e notebook.

A denúncia dava conta que o tenente coronel Lúcio Clóvis Barbosa da Silva e o major Francisco Antônio Paiva Ribas, o corregedor e subcomandante do quartel, tinham conhecimento do curso. O soldado Wendell Rodrigues Barros e o civil Silvio Gonzaga Batista realizavam a cobrança das matrículas e mensalidades. A matrícula custava R$ 10 e a mensalidade R$ 100. O promotor de Justiça Militar, Armando Brasil, disse que o major admitiu gerenciar o cursinho nas instalações do quartel e que Silvio Batista confirmou o esquema.

Segurança privada

O MP investigou também uma denúncia de que policiais militares do mesmo batalhão faziam segurança particular para a mineradora Reinarda em troca de R$ 25 mil. O esquema foi operado pelo coronel Claudio Ricardo Lima Julio, tenente coronel Lúcio Clóvis Barbosa da Silva, pelos major Francisco Antônio Paiva Ribas e Arthur Daniel Dias da Silva, os soldados Wendell Rodrigues Barros – todos também envolvidos no caso do cursinho, Pétala Pereira de Souza, Samuel dos Santos Tavares e o cabo George Silva dos Santos.

Os PMs passaram a fazer a segurança da mineradora após um assalto em 2010, quando dez homens com armas de vários calibres invadiram a empresa e levaram 60 quilos de ouro. Na denúncia do MP, o promotor diz que há comprovação de que após o assalto a empresa passou a pagar R$ 25 mil para que os PMs fizessem a segurança patrimonial da Reinarda e bancava o abastecimento dos veículos oficiais. ‘Constam nos autos filmagens apreendidas pela corregedoria, de policiais militares armados fazendo segurança da área interna da mineradora’, destaca o promotor.

As penas previstas para os crimes cometidos variam de três meses a dois anos de detenção e de dois a oito anos de reclusão.

O ORM News não conseguiu contato com a mineradora Reinarda para posicionamento oficial. A redação também entrou em contato com a PM e aguarda resposta.
Por ORM NEWS

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