Mulheres perdem 8,5 mil postos de trabalho no Pará, diz Dieese

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Pesquisa mostra retração na quantidade de mulheres empregadas em 2016.
Mulheres são 37% da força de trabalho do estado, mas ganham menos.

As mulheres perderam  8.529 postos de trabalho formal no Pará durante os primeiros meses de 2017. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), que divulgou uma pesquisa sobre a Mulher no Mercado de Trabalho com base nos dados do Ministério do Trabalho.

Entre janeiro de dezembro de 2016 foram empregadas 73.771 mulheres com carteira assinada no Pará, sendo que 82.300 foram demitidas. A diferença entre as contratações e desligamentos resulta num saldo negativo de 8.529 postos de trabalho, que deixaram de existir ao longo do ano passado.

A maior parte das demissões ocorreu no comério: foram 4.703 postos de trabalho perdidos. Em seguida veio a construção civil, com a redução de 1.955 postos de trabalho; indústria de transformação, que perdeu 985 vagas; setor de serviços, com menos 726 empregos; agropecuária com perda de 186 trabalhos e até o extrativo mineral, onde 27 vagas deixaram de existir. Até mesmo a administração pública fechou mais portas para as mulheres, ficando com saldo negativo de 25 postos de trabalho.

Mulher e mercado
De acordo com a análise do Dieese, das 73.771 mulheres contratadas para empregos formais no Pará em 2016, mais da metade não tem curso superior ou escolaridade de nível médio completa.

O estudo também avaliou a situação e renda das mulheres trabalhadores no Pará, usando como base dados do IBGE coletados em 2015. Segundo a análise, as mulheres  são 37% dos trabalhadores do Pará – o que representa mais de 1.343 mil pessoas.

Deste total, 13,56% ganham até meio salário mínimo por mês e 30,02% ganham até um salário – ou seja, cercad e 586 mil mulheres recebem até um salário mínimo pelos seus serviços durante o mês.

“O lado ruim desta historia, é que mesmo com todo este avanço, o rendimento pelo trabalho ainda é muito baixo e desigual entre mulheres ocupadas. Em alguns locais e setores de ocupação a diferença salarial pode chegar a 40,00% entre homens e mulheres exercendo o mesmo tipo de serviço”, conclui o economista Roberto Sena.

Fonte: G1 PA.
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