Pesquisa avalia reflexos do plantio de soja na agricultura familiar no PA

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Plantio de mandioca e plantio de soja no fundo (Foto: Aritana Aguiar/Do G1 Santarém)- ‘Boa Esperança’ é estudada por ser referência no plantio de mandioca
Áreas de plantio familiar reduziram com a venda do terreno para os sojeiros.

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) está desenvolvendo uma pesquisa no distrito de Boa Esperança, localizada no km 43 da rodovia estadual Santarém/Curuá-Una (PA-370) em Santarém, oeste do Pará, para verificar os impactos da plantação de soja no local. Os estudos iniciais mostram que desde a chegada da soja na comunidade e arredores, as áreas de plantio familiar de mandioca foram reduzidas.

O professor e geógrafo Márcio Benassuly coordena a pesquisa. Segundo ele há uma pressão em busca de áreas para plantio de soja, sendo possível economicamente ser plantada em grandes extensões de terra. Com essa pressão, muitos produtores venderam as terras que plantavam a mandioca aos grandes produtores de grãos. “Diversos agricultores familiares saíram da comunidade e foram morar na periferia da cidade, ainda tendo que acostumar com o novo estilo de vida, sendo bem diferente da zona rural”.
Diversos agricultores familiares saíram da comunidade e foram morar na preferia da cidade, ainda tendo que acostumar com o novo estilo de vida, sendo bem diferente da zona rural”

Dados ainda estão sendo levantados sobre a atual quantidade de produtores de farinha de tapioca em Boa Esperança.  A comunidade é referência na produção da farinha.

Com a introdução do plantio de soja, o pesquisador informou que a produção da farinha de tapioca passou por um processo muito intenso de modificação e alteração da dinâmica produtiva, como a modernização do processo.

O professor e historiador André Santos é natural da comunidade, e o pai, Raimundo Santos é produtor de farinha de tapioca. Ele afirma que a chegada do agronegócio na região, também gerou resultados positivos como o aumento da produção da farinha . “O processo de produção teve que sofrer alterações consideráveis, porque a quantidade de terra disponível para produzir a mandioca diminuiu por conta da expansão do agronegócio”.

De acordo Santos, o trabalho executado era desde o plantio da mandioca, com o beneficiamento, extração da fécula de mandioca (amido da mandioca, também conhecida como goma). Para suprir a atual demanda do comércio externo, principalmente das grandes cidades, Manaus, Belém e Macapá a fécula passou a ser importada, ficando somente com as etapas finais do processo de produção, torrando a farinha.

“A quantidade da produção aumentou consideravelmente. Há 10 anos uma pessoa torrava seis sacas de tapioca por dia, cada saca 30 kg. Atualmente com um desenvolvimento da mecanização, uma pessoa consegue torrar 10 sacos, cada uma pesando 45 kg. Em consequência disso, houve a extinção de etapas, mas também houve a extinção de emprego, a saída para população que antes trabalhava para plantar, arrancar, fazer as outras etapas anteriores a torração, foi trabalhar na cidade, ou na mineração, procuraram outras alternativas. Se formos pensar no ponto de vista econômico a expansão da soja foi bom”, avaliou.

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Massa da mandioca (Foto: Aritana Aguiar/Do G1 Santarém) Mandioca moída sendo lavada (Foto: Aritana Aguiar/G1)
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Mandioca moída sendo lavada (Foto: Aritana Aguiar/G1)

O produtor
Há 15 anos o agricultor Raimundo Sousa Santos, 58 anos, atua na produção da farinha de tapioca. Segundo ele, com a introdução do agronegócio elevou a quantidade fabricada. O modo de fazer modernizou, ao invés de lavar a mandioca manualmente, agora passa por um processo moderno não industrial, o necessário para reduzir o serviço.

“Um vizinho começou com um estilo de forno e todos começaram a utilizar o meio”, informou seu Raimundo. Mas ele garante haver o ponto negativo da introdução do agronegócio. “Como diminuiu a produção da região, muitas pessoas venderam as terras e foram embora. Cada terreno na margem da estrada tinha um produtor, agora não”.

Raimundo Santos diz sentir-se preocupado caso outros agricultores decidam vender as terras, isso reduziria a quantidade de produção da farinha em Boa Esperança.

Proposta para manter pequenos agricultores
Na avaliação do professor Benassuly, para evitar redução de produtores de farinha, o Estado poderia intervir com políticas públicas. “Através de incentivos. Tem o Programa de Agricultura Familiar (Pronaf), que tem o objetivo de incentivar o pequeno agricultor para produção de culturas locais. O Estado tem um papel determinante do sentido de contribuir para que essas culturas como a mandioca que é uma das principais culturas do estado do Pará, eles permaneçam, tenham uma presença mais efetiva. Lembrando que a mandioca está na base alimentar do paraense”, sugeriu.

Empresa graneleira
Em Santarém, a empresa graneleira Cargill é responsável por exportar a soja produzida na região e no estado do Mato Grosso. De acordo com informações repassadas pela assessoria de comunicação da empresa, anualmente são embarcados 2 milhões de toneladas de grão, entre milho e soja.

Entre os fornecedores dos grãos incluem produtores rurais e fazendeiros. Sendo 150 são Santarém, Belterra e Mojuí dos Campos. Apesar da produção na região, do volume embarcado no porto, 95% vem do estado do Mato Grosso e 5% de produção local.

Ainda segundo as informações repassadas pela empresa, a soja é enviada para Europa, Ásia, México e Estados Unidos; o milho é enviado para países da América do Sul, Oriente Médio, México, América Central, Estados Unidos, Europa e África.
Do G1 Santarém

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Plantio de mandioca e plantio de soja no fundo (Foto: Aritana Aguiar/Do G1 Santarém)-
Plantio de mandioca e plantio de soja no fundo (Foto: Aritana Aguiar/Do G1 Santarém)-

Publicado por Folha do Progresso fone para contato Cel. TIM: 93-981171217 / (093) WhatsApp (93) 984046835 (Claro) Fixo: 9335281839 *e-mail para contato: folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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