PF prende caçadores de onça no Pará
A Polícia Federal prendeu duas pessoas na manhã desta terça-feira (29), durante a Operação Jaguaruna, com o objetivo de combater a caça e o tráfico de animais silvestres no Pará e região, em especial a onça pintada, espécie ameaçada de extinção. A ação foi realizada após policiais encontratem as cabeças e outras partes de 19 onças em um freezer no município de Curionópolis.
O flagrante foi feito no dia 26 deste mês, por policiais militares da cidade. Segundo documento do Instituto Renato Chaves, as partes dos animais foram extraídas de forma precisa, denotando muito provavelmente que seriam utilizadas como troféus de caça.
As diligências apontaram que os animais encontrados foram abatidos em propriedades privadas que ficam no entorno da Floresta Nacional de Carajás e que foram mortos por representarem uma ameaça aos rebanhos dessas fazendas. Por cada onça abatida, o caçador chegava a ser recompensado por até R$ 1 mil.
Os policiais ainda identificaram uma conexão entre os caçadores do estado do Pará, com outros residentes na cidade de Nobres, no estado do Mato Grosso. Na investigação, ficou evidente a troca de informações sobre a caça dos animais, bem como a compra e venda de cachorros especializados na caça dos “capetas”, termo usado pelos caçadores para denominar Onça Pintada.
Foram cumpridos quatro Mandados de Busca e Apreensão, sendo dois na cidade de Curionópolis, no nordeste paraense, um na cidade de Parauapebas, mesma região, e um na cidade de Nobres. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse de munição de uso permitido e caça. Uma em Curionópolis/PA, que já havia sido presa pelo mesmo crime, e outra no Mato Grosso. Foi arbitrada fiança e os presos foram liberados.
Os investigados responderão pelos crimes de caça de animais silvestres ameaçados de extinção e receptação, visto que durante as investigações ficou comprovado que não possuíam autorização dos órgãos ambientais competentes para realizar o abate de tais animais e que os compradores tinham ciência de seu abate criminoso. Ao todo as penas pelos crimes investigados podem alcançar mais de 08 anos.
O nome da operção significa onça preta em tupi-guarani e foi escolhido em alusão a uma das espécies ameaçadas de extinção que foram mortas pelos caçadores investigados.
(Com informações da Polícia Federal)
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