PF prende liderança e faz busca e apreensão contra grupo que impediu retirada de gado dentro de terra indígena no Pará

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Bois estão sendo retirados de terra indígena no Pará em operação federal — Foto: Polícia Federal/Divulgação

Mandados foram cumpridos na Vila Sudoeste, dentro da TI Trincheira Bacajá.

Lideranças de um grupo de pessoas que impediu a retirada de gado dentro de uma terra indígena no Pará foram alvo de mandados pela Polícia Federal na quarta-feira (24).

Um pessoa foi presa e dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos pelos policiais federais na Vila Sudoeste, dentro da TI Trincheira Bacajá.

Segundo a PF, os mandados fazem parte da operação “Além da Trincheira”, na Vila Sudoeste, a cerca de 280 quilômetros da sede da cidade de São Félix do Xingu, no limite sul da terra indígena.

A desintrução de madeireiros, pecuaristas e grileiros foi em 24 de julho pela Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Força Nacional, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Adepará.

Após retirar invasores da terra indígena em julho, a PF informou que passou a acompanhar a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) a buscar o gado que ficou na área invadida. Relembre, no vídeo, a operação que retirou os invasores:

À época, a estimativa dos órgãos envolvidos na operação era de que haveria cerca de 300 bovinos na área, que teve trechos desmatados para a pecuária ilegal. Outros animais foram retirados pelos próprios pecuaristas quando perceberam a aproximação dos agentes federais.

A ação de retirada do gado incluía seleção, embarque e destinação do gado, em cumprimento à determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), mas um grupo de manifestantes impediu o trabalho de manejo do gado feito pela Adepará.

A Justiça Federal de Redenção então expediu mandados contra os líderes do movimento, além de autorizar a quebra do sigilo de dados dos investigados.

Segundo a PF, a ação quer reunir mais elementos de prova contra os líderes do movimento que impediu a 2ª fase da Operação de desintrusão da Trincheira Bacajá, além de identificar outras pessoas que teriam participado dos protestos.

A PF informou ainda que apura a prática de crimes de desobediência, incitação ao crime, invasão de terra da União e exploração econômica de terras públicas. As penas somadas podem variam de dois anos e oito meses a oito anos de prisão.

Desmatamento ilegal

“A operação foi mais um desdobramento do “Plano de Ações das Sete Terras Indígenas”, no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF nº 709/2020, do Supremo Tribunal Federal”, disse ainda PF em nota.

Em maio deste ano, uma ação do Ministério Público Federal já cobrava ações para impedir invasões e desmatamento na Terra Indígena Trincheira-Bacajá.

O órgão apontou que esse território indígena foi um dos mais desmatados da Amazônia entre 2020 e 2021, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Também em maio de 2022 uma outra operação da Polícia Federal retirou bois são deixados no entorno da Terra Apyterewa, próximo de aldeias, também no sudoeste do Pará.

Essa área também foi uma das mais desmatadas nos últimos dois anos. Na época da operação, mais de 1 mil bovinos foram apreendidos e foi aplicada multa de mais de R$ 2 milhões.

mapaTerras indígenas mais desmatadas entre 2020 e 2021 — Foto: g1

Jornal Folha do Progresso em 25/08/2022/

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