Piloto desaparecido por 36 dias é resgatado em Santarém- Vídeos e fotos

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Antônio Sena foi levado para um hospital após chegar a Santarém — Foto: Instagram/Tiago Sena/Reprodução

(Foto:Reprodução) – O piloto Toninho, de 36 anos, já está em Santarém, e logo que encontrou sua família no aeroporto, foi encaminhado para o atendimento hospitalar.

Thiago, irmão dele, postou uma foto do piloto já internado e escreveu a seguinte frase: “Só posso dizer uma coisa, creiam em Deus. Tudo inacreditável. Tenham fé”.

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Vídeos mostram a chegada do piloto em Santarém e ele sendo recebido com muita alegria pelos familiares e a população. Na saída da ambulância, alguém diz: “Olha o Toninho aí, galera”, em comemoração.

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‘Atravessei igarapé, quase me afoguei para chegar até os castanheiros’, diz piloto após resgate de área isolada de floresta

Toninho contou que após encontrar os coletores de castanha, se identificou e falou sobre o acidente, mas a princípio eles ficaram assustados. Ele ficou 36 dias desaparecido dentro de uma área de difícil acesso.

Ainda debilitado após ter caminhado dias no meio da mata densa do município de Almeirim, próximo à divisa do Pará com o Amapá, o piloto Antônio Sena (Toninho), 36 anos, contou após ser resgatado de uma área isolada de floresta, que quase se afogou antes de chegar ao local onde estavam os coletores de castanha que o acolheram até o resgate.

 Antônio Sena sorri após ser resgatado em área isolada de mata no Pará — Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará/Divulgação
Antônio Sena sorri após ser resgatado em área isolada de mata no Pará — Foto: Marcelo Seabra/Ag. Pará/Divulgação

 

Após resgate em área isolada de floresta, chega a Santarém piloto que ficou desaparecido 36 dias no Pará

 

    “Eu ouvi barulho de motosserra, entrei num igarapé, me molhei todinho, molhou minha bolsa, eu quase me afoguei, mas consegui atravessar. Caminhei mais um pouco e vi um negócio branco que pensei que era uma peça de avião. Fui até lá, era uma lona e tinha um barril com ouriço de castanha. Andei mais um pouco e encontrei os castanheiros que me ajudaram”, contou.

Toninho Sena ficou desaparecido por 36 dias. O avião Cessna 210, prefixo PT-IRJ, que ele pilotava, sofreu pane e foi necessário fazer um pouso forçado em uma área de açaizal. Ele ficou por alguns dias no local à espera de resgate e se alimentou de pão que ele levava no avião.

Segundo Toninho, o avião Cessna 210 caiu de bico em um igarapé e parte dele acabou queimando após o impacto da queda.

O piloto decolou de uma pista de Alenquer, no oeste do Pará, com destino a uma região de garimpo na região de Almeirim no dia 28 de janeiro deste ano. O avião foi visto pela última vez por volta das 12h20 daquele dia.

Equipe que fez o resgate e piloto santareno Antônio Sena, o "Toninho Sena", em Prainha, no Pará — Foto: Agência Pará/Divulgação
Equipe que fez o resgate e piloto santareno Antônio Sena, o “Toninho Sena”, em Prainha, no Pará — Foto: Agência Pará/Divulgação

De acordo com Toninho, depois de muito caminhar e encontrar os coletores de castanha, ele se identificou, contou sobre o acidente, mas a princípio eles ficaram assustados.

 

    “Eu cheguei lá com eles e disse: eu sou o Toninho, piloto de avião que sofreu um acidente. Eles ficaram até com medo, mas depois me ajudaram, ajudaram muito, me deram o que comer. Eu só tenho a agradecer por tudo o que fizeram por mim. Os castanheiros têm um coração enorme. Dona Maria Jorge e todos os castanheiros, muito obrigado por tudo, eu amo vocês de coração”, disse Toninho.

Assista ao Vídeo da Chegada em Santarém

 

Após chegar ao aeroporto de Santarém na tarde deste sábado (6) acompanhado pela equipe do Grupo Aéreo de segurança Pública (Graesp) do governo do Pará, Toninho foi encaminhado a um hospital particular, onde passou por uma bateria de exames. “Eu acho que devo estar debilitado devido a falta de nutrientes. Só ontem (sexta-feira) consegui me alimentar direito”, contou o ploto.

De acordo com o hospital da Unimed Oeste do Pará, Antônio Araújo de Sena, que deu entrada na unidade às 16h07 deste sábado, encontra-se consciente, orientado e sem sinais de trauma.

Ele passou por anamnese e foram solicitados exames laboratoriais para observar a parte metabólica de Toninho que também passará por uma avaliação nutricional a fim de orientar uma nova alimentação, após consumo baixo de nutrientes, nos dias em que esteve desaparecido.

Piloto que ficou desaparecido por 36 dias é encontrado em área isolada no Pará

Avião Cessna 210 PT-IRJ desapareceu em viagem de Alenquer para garimpo — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Avião Cessna 210 PT-IRJ desapareceu em viagem de Alenquer para garimpo — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ainda de acordo com o hospital, se o estado do paciente continuar estável, provavelmente receberá alta em 24 horas.

Há um cuidado também em prestar apoio psicológico a Toninho, que ainda se emociona muito ao lembrar dos momentos difíceis que passou no meio da floresta. Mas ele também está muito agradecido por estar vivo e ter sido resgatado.

Queria agradecer a todo mundo que nunca desistiu de mim. Obrigado Deus, a ti toda honra e glória, agradeceu Toninho Sena.

O piloto Antônio Sena sendo recepcionado no Hospital para onde foi levado para fazer exames — Foto: Elton Pereira/TV Tapajós
O piloto Antônio Sena sendo recepcionado no Hospital para onde foi levado para fazer exames — Foto: Elton Pereira/TV Tapajós

Reaparecimento

As primeiras informações de que Toninho Sena estava vivo, 36 dias após o seu desaparecimento com a aeronave Cessna 210, prefixo PT-IRJ, surgiram na sexta-feira (5), após um telefonema para a mãe dele, Rolene Sena, que mora em Brasília (DF).

Do outro lado da linha a notícia que a mãe mais esperou desde o dia 28 de janeiro: “O seu filho Toninho pediu pra avisar que ele está vivo”.

Sem ouvir a voz do filho pra ter certeza de que ele realmente estava vivo, Rolene avisou os outros filhos (Mariana e Thiago). Thiago falou também por telefone com a pessoa que ligou para mãe dele e pediu que algumas perguntas fossem feitas ao piloto. Com respostas certeiras, como o nome do cachorro dele: Gancho, a família teve certeza da veracidade das informações.

Não demorou para que a boa notícia se espalhasse nas redes sociais, inclusive com vídeos dos irmãos informando que já estavam mobilizando meios para ir até o local informado pelos coletores de castanha, para fazer o resgate de Toninho.

Relatos do Piloto

O piloto paraense Antônio Sena disse ainda que marcou pelo GPS a localização da queda da aeronave em que estava. “Ainda fiquei uma semana lá. Eu ouvia aeronave passar um pouco longe, nenhuma muito próximo. Passada uma semana que vi que demorou e mudou a frequência de aeronaves entendi que não viriam mais”, relatou Antônio Sena ao comentar o momento em que decidiu buscar ajuda.
 “Pousei forçado. A aeronave parou (de funcionar). Como eu vinha voando baixo em três mil metros e ali tinha serra de dois mil metros e um pouco mais, o tempo que eu tive foi de tentar reacender (o avião) e não consegui. Como eu não consegui, já fui buscando local para pouso. Fui encontrando um vale, desviando das árvores maiores até que consegui pousar em um valezinho no meio de duas serras”, recordou Antônio Sena.
“Então ele (o avião) entrou e eu bati nos açaizeiros e ele (o avião) entrou de bico no igarapé certinho. Ele está de cara no igarapé. Como é tudo muito rápido, eu só lembro de conseguir sair do cockpit e minha mochila estava jogada do lado, peguei minha mochila, um saco de pão, algumas coisas e me afastei da aeronave, que tinha muito óleo diesel. Aí peguei uma corda e o que pude pegar que tinha na aeronave e que fosse me ajudar no meio do mato. Não demorou muito e a aeronave começou a pegar fogo. Ela está queimada. Uma parte esta queimada”, detalhou.

Vídeos mostram a chegada do piloto em Santarém e ele sendo recebido com muita alegria pelos familiares e a população. Na saída da ambulância, alguém diz: “Olha o Toninho aí, galera”, em comemoração.

JORNAL FOLHA DO PROGRESSO INFORMAÇÃO DO G1 Santarém Por Dilson Pimentel/06.03.21 17h45

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