PM que matou empresário em Altamira morre durante transferência para presídio em Belém

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Cabo Mota morre durante transferência para presídio (Foto:Reprodução)

A morte do cabo Clenilson Mota da Polícia Militar foi confirmada pelo advogado de defesa do PM. Ele não resistiu durante o processo de transferência para o presídio Coronel Anastácio das Neves em Belém.

O policial teve a prisão decretada após matar o empresário Erisvaldo de Moura Franco no último dia 13 de fevereiro, em um bar, no centro de Altamira. Durante a fuga, o cabo foi surpreendido por disparos efetuados por outro PM que estava à paisana e atirou para conter o colega de farda. Mota foi atingindo por cerca de três tiros, um atingiu a região da coluna e precisou ser internado no Hospital Regional Público da Transamazônica de onde recebeu alta na última quinta-feira (17). Em nota a Secretaria de Saúde Pública do Pará havia informado que ele apresentava quadro clínico satisfatório após passar por um procedimento cirúrgico. Clenilson chegou a ser levado para a enfermaria do Centro de Recuperação de Vitória do Xingu antes de seguir viagem à capital, a defesa tentava converter a preventiva em domiciliar alegando que o policial não tinha condições de ser transferido por estar debilitado, mas a viagem aconteceu neste sábado (19). (A informação é do portal Confirma Noticia)

Erisvaldo de Moura Franco foi morto no último dia 13 de fevereiro, em um bar, no centro de Altamira. (Foto: Reprodução)
Erisvaldo de Moura Franco foi morto no último dia 13 de fevereiro, em um bar, no centro de Altamira. (Foto: Reprodução)

Leia mais:Policial militar mata empresário a tiros e na fuga é alvejado por outro PM, em Altamira

Sepultamento

O Corpo do polícia chegou em Altamira no domingo dia 20 de fevereiro de 2022, durante a chegada aplausos para homenagear o PM. Em, cortejo o corpo de do Cabo Mota foi levado até Rua Abel Figueiredo, bairro Boa Esperança, onde acontece o velório do policial. O sepultamento foi realizado nesta segunda-feira (21) às 10h no Cemitério Central, em Altamira, próximo ao Hospital Regional,  sob honras militares e homenagens de amigos e familiares. Ele era acusado de matar a tiros o empresário Erisvaldo de Moura Franco, o “Periquito”.

Seap se manifesta sobre morte de PM durante transferência

A defesa do Policial Militar quer saber o que houve durante o processo de transferência do Cabo, que acabou morrendo.

“Segundo a Diretoria, ele teria tido o primeiro mal súbito ou o mal súbito, por volta das 14 horas e 25 minutos ao pousar, e às 14 horas e 50 minutos confirmou o óbito, e ele seria encaminhado pro IML pra necrópsia pra saber causa da morte”, explicou o advogado Joaquim Freitas Neto, durante coletiva.

Clenilson da Silva Mota, de 35 anos, foi internado após ser atingido por três disparos, um deles, na coluna. O policial foi levado de ambulância para o Hospital Regional Público da Transamazônica, onde deu entrada no dia 14 de fevereiro, quando passou por um procedimento cirúrgico.

Internado por cerca de três dias, Mota recebeu alta médica no dia 17 de fevereiro, e de ambulância foi levado para o presídio regional em Vitória do Xingu. A transferência do policial gerou protestos por parte da defesa. Os advogados contratados pela família, criticaram a celeridade no processo de liberação médica, e pediram um laudo pericial garantindo que ele estaria em plenas condições de viajar.

O laudo com a avaliação médica foi divulgado pela secretaria de estado de saúde pública, informando quer após uma avaliação médica por uma equipe multidisciplinar, o paciente estaria em condição clínica satisfatória. Apesar dos pedidos da defesa, ele permaneceu no presídio, onde ainda chegou a ser ouvido pela polícia, mas teria ficado em silêncio. Internado na enfermaria do presídio, o policial militar esperou até o sábado pela transferência para a capital, quando de ambulância foi levado até o aeroporto em Altamira.

Fotos e vídeos feitos por parentes e amigos do policial, mostraram que ele teria ficado dentro da ambulância, na pista do aeroporto, por quase três horas, aguardando a chegada de uma aeronave, e esperado mais algum tempo, para que poltronas fossem reacomodadas para que a maca onde o policial estava, pudesse ser colocada no avião.

A viagem durou pouco mais de 50 minutos, mas segundo a SEAP, durante o voo, Mota teve uma parada cardíaca, e após o pouso, ele foi levado de ambulância até um hospital particular, onde o óbito foi oficializado.

“Nós vamos solicitar ao sistema penal que nos informe qual era a aeronave que chegou aqui, qual era o tipo de aeronave que foi utilizada, quais foram os cuidados que foram tomados, quanto tempo o militar ficou aguardando até o seu deslocamento, até que ele fosse efetivamente transferido via aeronave, se foi facultado o acesso de familiares. Algumas dessas respostas eu já tenho mas eu preciso oficialmente dessas respostas”

Mota era Cabo da Polícia Militar, e foi indiciado pela polícia após atirar contra um empresário em um bar, em Altamira. A vítima foi morta da na frente de centenas de pessoas. No dia do crime, no local, havia outros policiais, que ao perceberem a ação, correram para ver o que estava acontecendo e flagraram um homem armado tentando deixar o local. Um dos policiais ordenou que Mota se rendesse, mas ele não obedeceu e acabou sendo atingido. Só após o tiroteio é que o PM descobriu que o atirador era um colega de farda. Apesar do caso, a defesa afirma que o tratamento dado ao policial precisa ser explicado, e os motivos que levaram à sua morte devem ser esclarecidos.

    “Independentemente dos fatos, independentemente do que se iria apurar pela Corregedoria ou pela Polícia Civil, trata-se de um ser humano, que durante 10 anos serviu a Corporação, que durante 10 anos atuou na segurança pública protegendo a sociedade, cumprindo o seu papel constitucional, comportamento excepcional, consta na sua ficha disciplinar, e inúmeros elogios registrados em nome desse policial militar”

Em nota a Secretaria especial de administração penitenciária informou que a transferência do policial para Belém seguiu todos os protocolos de segurança e de resguardo da saúde do custodiado, conforme laudo médico do Hospital de Altamira autorizando o procedimento.

Cabo Mota matou uma pessoa a sangue frio, mas foi baleado em seguida/ Fotos: Divulgação
Cabo Mota matou uma pessoa a sangue frio, mas foi baleado em seguida/ Fotos: Divulgação

Leia nota na íntegra:

“A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) informa que o interno Clenilson da Silva Mota, de 35 anos, sofreu uma parada cardíaca durante voo de transferência de Altamira a Belém, no início da tarde deste sábado (19), e acabou falecendo em um hospital particular, na capital. O interno estava acompanhado de cinco oficiais da Polícia Militar e um enfermeiro da SEAP.

A transferência de Clenilson para Belém seguiu todos os protocolos de segurança e de resguardo da saúde do custodiado, conforme laudo médico do Hospital de Altamira autorizando o procedimento.

A SEAP informa que prestou toda assessoria à família do interno e que o corpo foi transportado na tarde deste domingo (20), por meio de aeronave do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp), de volta para Altamira, onde a família reside.

Jornal Folha do Progresso em 22/02/2022/11:43:56

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