Porca de estimação tem Facebook, roupa de gala e só come orgânicos

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Comprar uma casa não era a maior vontade de Aline Duarte Geraldo, de 33 anos. Ter um lar com um miniporco de estimação, sim. Há um ano, Amora chegou para realizar o sonho da jornalista de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. De lá para cá, sobram mimos: roupas para todas as ocasiões, perfil popular no Facebook e alimentação só com orgânicos.
Desde que chegou, a miniporca é tratada como filha por Aline e pelo marido Renan. “A Amora faz parte da nossa família”, afirma.
Ela é xodó ainda do “irmão”, o cachorro vira-lata Filé, e dos padrinhos, de quem recebe mimos e visitas frequentes.
O animal de estimação que, hoje, mede 50 centímetros e pesa 15 quilos, também tem um perfil no Facebook, com mais de 300 amigos e fotos descoladas.
Sonho de criança
A paixão de Aline por porcos começou na infância. “Sempre tive muitos porquinhos de pelúcia. O meu sonho era ter um de verdade, cor-de-rosa. A gente morava em apartamento e meus pais achavam loucura”, diz.
Então, depois de adulta e assim que mudou de um apartamento para uma casa, a jornalista foi logo atrás de realizar seu sonho de infância. “Meu marido, no início, não gostou muito da ideia, mas não teve jeito. Hoje, ele tem amor por ela”, revela.
Para comprar Amora, Aline pesquisou muito. Depois, entrou na fila de um criador de minibichos para esperar o nascimento de um miniporco cor-de-rosa, assim como sempre sonhou. Foram nove meses de espera e nada de nascer um animal do jeito que a jornalista queria.
“Não aguentava mais esperar. Pedi para a vendedora me mostrar fotos dos porquinhos que tinham nascido. Aí, vi um deles, uma fêmea, toda pretinha. Me apaixonei na hora. Batizei de Amora por causa da sua cor”, lembra.
Rotina de rainha
Para a chegada da miniporca, que recém-nascida tinha quase quatro quilos e pouco mais de 20 centímetros, ajustes foram necessários. “Minha casa foi adaptada à prova de Amora”, brinca. Como o animal costuma roer bastante, a dona escondeu fios de eletrodomésticos, mudou mesa e armário de lugar e ainda colocou uma trava na geladeira.
A rotina da família também mudou depois que a miniporca foi adotada. “Ela tem hora certa para tomar café da manhã, almoçar e jantar. Ao longo do dia, também faz lanchinhos”, conta.
A alimentação de Amora consiste em um pacote de ração para coelhos por dia, já que as para porcos visam a engorda, além de frutas, verduras e legumes orgânicos. Tudo sai em torno de R$ 200 por mês.
E muita, muita água. “São quase cinco litros de água por refeição”, explica. A ingestão de tanto líquido resulta em muito xixi, mas a jornalista garante que a porca é bem ensinada: faz todas as as necessidades fisiológicas em um cantinho do quintal. É ainda no jardim que Amora adora ficar à tarde, especialmente em dias de sol.
“Colocamos a sua almofada no quintal e ela fica ali, com o Filé, tomando sol. Se não tem o travesseiro ou algo para deitar, a Amora fica em pé porque não gosta de grama. Quando o sol se põe, reclama”, relata. Segundo Aline, a miniporca faz grunhidos diferentes para cada coisa que quer.
Como boa “mãe”, a jornalista afirma que sabe diferenciar todos. “Tem som para fome, para sono, para quando o sol vai embora, para cafuné…”, afirma. Também há grunhido específico para passear. Todos os dias que pode, Aline leva a mini porca para caminhar, de coleira, em um parque perto de casa.
O passeio é sempre um evento. “A vizinhança para quando ela passa. As crianças adoram”, conta. E Amora só sai de casa muito bem arrumada e cheirosa.
Ela toma banho duas vezes por semana, em uma piscina infantil, e tem uma coleção de roupas de dar inveja: fantasias, vestidos básicos, modelitos de gala, capa de chuva, além de diversos acessórios. Um dos preferidos, é o colar de pérolas.
A dona conta que, no entanto, passear de carro com o animal de estimação é um sacrifício. “Ela fica estressada. Acha ruim lombadas e curvas”, explica.
A última vez que entrou em um veículo, foi na ida ao veterinário. De acordo com Aline, felizmente, as consultas são raras, apenas quando Amora fica doente ou é vacinada.
No entanto, os gastos com saúde não são poucos. Para receber vacina, por exemplo, a dona da Amora precisou comprar um lote inteiro de doses e gastou R$ 350. “Não se vende apenas uma vacina. São vendidas várias porque criadores compram para aplicar em vários porcos”, diz.
‘Tudo para vê-la bem’
A jornalista conta que não calcula todos os gastos que têm com o animal de estimação e nem pretende fazê-lo. Ela é como se fosse uma filha para mim. Faço tudo para vê-la bem e feliz”, explica.
Aline e o marido ainda não têm filhos, mas isso está nos planos para o futuro, assim como a convivência das crianças com a Amora, já que um miniporco pode viver de 18 a 30 anos.
“É claro que vamos redobrar os cuidados. Moramos em um sobrado e a intenção é a de que a Amora fique só no andar de baixo. Tenho medo que ela estranhe, avance, mas a verdade é que nunca vamos deixar de mimá-la e de incluí-la. Afinal, ela também é integrante da família”, afirma.

Aline sempre quis, desde criança, ter um porco de estimação (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)
Aline sempre quis, desde criança, ter um porco
de estimação (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal

 

Aline e Amora. Na foto, a miniporca ainda tinha poucos dias de vida (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)
Aline e Amora. Na foto, a miniporca ainda tinha poucos dias de vida (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)

 

Amora gosta de tomar sol no quintal (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)
Amora gosta de tomar sol no quintal (Foto: Aline
Geraldo/Arquivo pessoal)

 

Amora adora acessórios, especialmente seu colar de pérolas (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)
Amora adora acessórios, especialmente seu colar
de pérolas (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)

 

Filé, Amora, Aline e Renan. Família mora em Ponta Grossa, no Paraná (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)
Filé, Amora, Aline e Renan. Família mora em Ponta Grossa, no Paraná (Foto: Aline Geraldo/Arquivo pessoal)

G1

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