Projeto combate hanseníase no Estado

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Marabá e Belém entram no foco do governo para enfrentar a doença

Dois municípios paraenses, protagonistas em registros de casos de hanseníase no País, vão receber um projeto inovador no combate a doença. É o caso de Marabá, quinto no ranking nacional no número de casos novos de hanseníase em crianças, e Belém, na 23ª colocação. Em 2015, segundo dados repassados do Ministério da Saúde, o município do sudoeste paraense registrou 187 novos diagnósticos da doença, sendo 28 deles na população com menos de 15 anos (14,97% do total). A taxa de detecção no município é de 71,35 casos novos da doença a cada 100 habitantes.

“Essa taxa de detecção corresponde a um local com indicador de alta endemia, hiperendemia. Em todo o País, a taxa é de 14,07 por 100 mil habitantes, ou seja, em Marabá é quase seis vezes maior. Isso mostra que todo mundo nesse município está suscetível a doença. O risco de adoecimento é muito alto”, alerta a Coordenadora-Geral de Hanseníase e doenças em eliminação do Ministério da Saúde, Carmelita Ribeiro Filha.

“O outro indicador que traduz tudo isso, é o alto índice de hanseníase em crianças. Se o município tem uma alta detecção de casos em menores de 15 anos, isso nos mostra, com muita certeza, que nós temos adultos, próximos a essas crianças, que estão transmitindo a doença para elas. Então, esse município precisa de uma atenção, de busca ativa, de exame de qualidade dos contatos dessas crianças”, reforça Carmelita.

Os dados consolidados mais recentes do Ministério da Saúde apontam 13 crianças diagnosticadas com hanseníase em 2015. Elas representam 6,44% dos 202 novos casos identificados nesse mesmo ano. A taxa de detecção da capital paraense é de 14,03 pessoas a cada 100 mil habitantes, a 23ª maior dentre todos os município brasileiros. “Esses dois municípios chamam a atenção pelos números, mas o Pará inteiro está nessa situação. Em média, são mais de três mil novos casos todo ano. E são casos tardios, que são os que transmitem. Então é um Estado que tem que ser priorizado nas ações de combate a doença”, diz a executiva da Pasta de Saúde.

O projeto Abordagens Inovadoras para intensificar esforços para um Brasil livre da Hanseníase, que se inicia na semana de 23 a 28 de outubro e busca reduzir a carga de hanseníase nessas cidades, é uma parceria do Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), com apoio da Fundação NIPPON do Japão, com duração de três anos (2017/2019). Em Belém, a semana de atualização do projeto será realizada de 20 a 25 de novembro.

No total, esse projeto será realizado em 20 cidades de seis estados brasileiros. Além de apresentarem elevado número de casos novos em crianças, os municípios participantes do projeto foram selecionados pela disponibilidade de serviços, de profissionais de saúde e intervenção pedagógica. Os municípios selecionados são: São Luís/ MA, 1º no ranking de números de casos novos de hanseníase em crianças em relação ao restante do país; 2º Recife/PE; 3º Olinda/PE; 5º Marabá/PA; 8º Teresina/PI; 11º Cuiabá/MT; 12º Jaboatão dos Guararapes/PE; 17º Palmas/TO; 23º Belém/PA; 29º São José do Ribamar/MA; 31º Araguaína/TO; 54º Cabo de Santo Agostinho/PE; 61º Paço do Lumiar/MA; 66º Gurupi/TO; 85º Porto Nacional/TO; 105º Paulista/PE; 189º Floriano/PI; 300º Parnaíba/PI; 435º Alcântara/MA; 1.698º Raposa/MA.

O objetivo do Projeto é diminuir a carga de hanseníase nas cidades selecionadas, com a ampliação do trabalho da detecção de casos novos; promoção da educação permanente para os profissionais da Atenção Primária à Saúde; fortalecimento dos centros de referência; redução da proporção de casos novos com Grau 2 de incapacidade física – GIF2 (como garras em mãos e/ou pés e atrofia muscular), por meio do diagnóstico precoce e ações de prevenção de incapacidades; e enfrentamento do estigma e discriminação contra as pessoas acometidas pela doença.

Fonte: ORMNews.
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