Rinha em SP era cena de terror, afirma delegado

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(Foto:Divulgação/PCPR)-  Os cachorros mortos eram assados para eles comerem, uma cena totalmente de terror”, assim o delegado que comandou a operação definiu a situação da rinha de cães, em São Paulo.

Ao todo 41 pessoas foram presas pela Polícia Civil do Paraná, com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, durante uma rinha de cães em Mairiporã, na Região Metropolitana de SP, na noite deste sábado (14).

Foram presos médicos, veterinários, um policial militar, cinco estrangeiros e vários adolescentes que participam do duelo internacional de cães da raça Pitbull.

Segundo o delegado Matheus Laiola, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente no Paraná, o local da rinha dos cães era muito chocante.

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“A gente encontrou uma cena muito chocante, porque no momento que entramos no recinto, estava acontecendo um duelo, com dois cachorros. Tinha um americano, que era o juiz, desesperado para soltar os cachorros, mas ele não conseguia. Então ele começou a bater em um dos cachorros pra tentar soltar. Uma cena de terror, eu que tenho 13 anos de polícia, nunca tinha visto uma situação daquela. Tinha cachorro morto, cachorro machucado, os cachorros mortos eram assados para eles comerem, uma cena totalmente de terror”, desabafou o delegado responsável pela operação.

Segundo a Polícia, uma equipe de veterinários acompanhou toda a operação e felizmente nenhum dos animais precisou de eutanásia, embora o estado de saúde deles fosse bastante crítico.

O delegado afirma que havia veterinário no local responsável por “tratar” do cachorro após do duelo para que pudesse voltar para o ringue na mesma noite. Os animais eram estressados pelos veterinários e treinadores, passando por fome e sede durante dias, para terem um melhor desempenho durante a luta.

Delegado Mateus Laiola na operação que prendeu 41 pessoas, em uma rinha de Pitbull na Grande São Paulo (Foto:Divulgação Policia)
Delegado Mateus Laiola na operação que prendeu 41 pessoas, em uma rinha de Pitbull na Grande São Paulo (Foto:Divulgação Policia)

RINHA ERA TRANSMITIDA PELA INTERNET

A quadrilha era bem especializada e estruturada. As lutas eram transmitidas em grupos fechados pela internet para o mundo todo. Ano passado a rinha aconteceu na República Dominicana.

“Trata-se de um grupo especializado em rinha internacional. É um grupo extremamente organizado. Eles vendiam camisetas do evento com a pesagem de cada animal e faziam apostas físicas e online, em grupos fechados pro mundo inteiro. Eram especializados em causar intenso sofrimento a esse animais”, afirmou o delegado.

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A Polícia Civil de São Paulo apreendeu cerca de R$ 47 mil no local. Cada cão Pitbull vale em torno de R$ 200 mil porque são selecionados geneticamente, treinados pra isso. Segundo a investigação, os cães eram obrigados a fazer esteira, natação e eram privados do convívio de outros animais.

Dezenove cães da raça Pitbull foram resgatados. Os animais estavam muito machucados e alguns mortos.

Um criador e treinador de pitbulls de Curitiba e São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, foram os primeiros alvos das investigações.

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CHURRASCO DE CACHORRO

Segundo a PCPR, um churrasco com carne de cachorro era servido aos participantes do evento criminoso. A veterinária que acompanhava a polícia identificou que os cães mortos durante o duelo eram servidos aos participantes. A cena chocou os policiais, segundo o delegado.
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Divulgação/PCPR – Animais eram estressados e passavam fome e sede para poderem lutar

Os presos foram encaminhamos para a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da PCSP e devem responder por associação criminosa, maus-tratos contra animais com agravante de morte e jogo de azar.

Ana Cláudia Freire
16 de dezembro de 2019, 12:20

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