Sistema de alerta contra incêndios envolverá comunidades do Tapajós

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Focos de queimadas para uso da terra estão entre maiores ameaças a reservas-(Foto:Jos Barlow – Embrapa)
Floresta nacional e reserva extrativista serão monitoradas com ajuda de pesquisadores

Nesta sexta (29) e também no sábado (30), comunidades e instituições que vivem e atuam na Floresta Nacional do Tapajós e na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, no Pará, estão se reunindo para debater soluções que reduziam os impactos do uso do fogo em áreas de conservação – entre elas, um sistema de alerta contra incêndios mantido pelas próprias populações locais.

Esse é o objetivo de um projeto que é implementado na região do Tapajós. Denominado Sem Flama, a ação quer articular populações locais, pesquisadores e gestores públicos no intuito de reduzir e evitar os incêndios florestais nas duas unidades de conservação.

Segundo dados do ICMBio, atualmente a Flona Tapajós soma quatro mil moradores, distribuídos em 21 comunidades e três aldeias indígenas. Já na Resex Tapajós-Arapiuns residem em torno 27 mil pessoas, distribuídos em 70 comunidades. Nas unidades é permitido o uso sustentável dos recursos naturais, de forma racional, e o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis pelas comunidades do entorno.

PEQUENOS FOCOS

Aliadas às mudanças no clima e à degradação de florestas, práticas tradicionais dessas populações, como o uso do fogo no preparo de pequenas áreas, quando não controlado, tornam-se uma grande ameaça à floresta, diz a pesquisadora Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental.

Um exemplo foi o incêndio de 2015, que queimou cerca de um milhão de hectares na região do Tapajós.

“O fogo nessa região tem causas ambientais e sociais, por isso nossa intenção é trabalhar com a pesquisa-ação, desenvolvendo estudos locais, mas também construindo soluções junto com as comunidades. Isso porque o uso do fogo em pequena escala e no interior da floresta é difícil de ser detectado pelos satélites”, esclarece a pesquisadora.

Isso significa que, ao mesmo tempo que os especialistas vão medir e avaliar os impactos do fogo na fauna, flora, biodiversidade e na sobrevivência e cultura da população, vão construir e propor junto com a comunidade práticas alternativas ao uso do fogo e um sistema de monitoramento e alerta de incêndios.

O projeto Sem Flama tem a duração de quatro anos e é coordenado pela Embrapa Amazônia Oriental com o financiamento do CNPq. Participam da iniciativa as associações das comunidades locais, ICMBio, Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), universidades brasileiras e estrangeiras (UFPA, Ufra, UNB, Cambridge, Lancaster, Manchester e Oxford), Inpa, Inpe e Cirad.

Fonte:Redação integrada de O Liberal – com informações da Embrapa

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