Em dois anos de pandemia, mais de 1100 crianças foram registradas sem o nome do pai, em Santarém

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Registro de Nascimento — Foto: John Pacheco/G1

Dados constam da Transparência do Registro Civil Cartórios do Pará que reúne os dados referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos.

Em dois anos completos da pandemia de Covid-19 no Estado do Pará, de 1 de abril de 2020 a 1 de abril de 2022, dos 13.779 nascimentos registrados nos cartório de registro civil de Santarém, no oeste do Pará, 1.117 não têm o nome do pai na certidão de nascimento. O número corresponde a 23,35% do total de nascidos no município durante a crise sanitária.(As informações são do g1 Santarém e Região* — PA).

Em relação ao reconhecimento de paternidade, foram 68 em Santarém em dois anos de pandemia. No Pará, os dados dos Cartórios de Registro Civil mostram que os reconhecimentos de paternidade sofreram diminuição vertiginosa em meio à crise sanitária, passando de 159 atos realizados em 2019, para 99 em 2020, por exemplo.

Os dados inéditos foram levantados pelos Cartórios de Registro Civil do Pará e contam com dois novos módulos – “Pais Ausentes” e “Reconhecimento de Paternidade” – que estão disponíveis no Portal da Transparência do Registro Civil, plataforma nacional, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os dados referentes aos nascimentos, casamentos e óbitos registrados nos 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, distribuídos em todos os municípios e distritos do país.

O levantamento também aponta que, nos quase dois anos completos de pandemia, no Pará, mais de 18 mil crianças foram registradas somente com o nome da mãe na certidão de nascimento. O número, que representa 7% dos recém-nascidos paraenses, ganha ainda mais relevância quando os últimos dois anos apontaram a menor quantidade de nascimentos no estado. Além disso, os reconhecimentos de paternidade caíram mais de 37,7% quando comparados a 2019, último ano antes da chegada da Covid-19.

Em números absolutos, 18.254 recém-nascidos em 2020 e 2021 foram registrados apenas com o nome da mãe em sua certidão de nascimento, sendo 8.609 no primeiro ano de pandemia, e 9.645 mil no segundo ano. Os recordes são verificados justamente nos anos em que houve os menores números de nascimentos desde o início da série histórica dos Cartórios, em 2003, totalizando 110.248 registros em 2020 e 121.594 em 2021.

“Mais uma vez os Cartórios de Registro Civil do Pará realizam um trabalho excepcional e significativo ao mostrar dados relevantes para as políticas públicas do estado. Além disso, o Portal da Transparência, onde os dados foram coletados, é uma plataforma acessível e transparente de informações estatísticas, sem custo para o Estado e alimentadas em tempo real. A ferramenta é uma forma eficiente de contribuir com a cidadania, principalmente com os paraenses mais afetados pela pandemia”, destacou a presidente da Arpen/PA e diretora da Anoreg/PA, Fabiola Gabriela Pinheiro de Queiroz,

Jornal Folha do Progresso em 01/04/2022/17:18:37

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