Escola nos EUA substitui professores por inteligência artificial

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Foto:Reprodução | Os alunos passam apenas duas horas diárias em aulas focadas em disciplinas básicas como matemática e leitura, utilizando um software de IA para facilitar o aprendizado.

A Alpha School, localizada em Austin, Texas, tem gerado discussões intensas ao substituir professores tradicionais por inteligência artificial (IA) em seu modelo educacional.

Com mensalidades que atingem R$ 18 mil, a escola oferece um currículo peculiar que destoa das práticas convencionais de ensino.

Os alunos passam apenas duas horas diárias em aulas focadas em disciplinas básicas como matemática e leitura, utilizando um software de IA para facilitar o aprendizado. O restante do tempo é dedicado a atividades diversificadas que envolvem o suporte de um “guia” adulto, sem a presença de um professor convencional, conforme reportado pelo The New York Times.

O currículo da Alpha School prioriza habilidades práticas como empreendedorismo, oratória e educação financeira. Os estudantes são incentivados a participar de experiências hands-on, como construção de objetos ou debates sobre a história italiana enquanto degustam pizzas regionais. Em uma demonstração de suas abordagens inovadoras, a escolaapresenta atividades que incluem o uso de luvas de nitrilo para simular experiências em engenharia de alimentos.

Alunos do Ensino Médio têm liberdade para se ausentar das aulas e participar de reuniões relacionadas aos seus próprios negócios. No entanto, essa experiência vem acompanhada de um alto custo: a anuidade é de aproximadamente US$ 40 mil (cerca de R$ 217,85 mil), resultando em um investimento mensal significativo.

Segundo a administração da escola, os alunos aprendem 2,6 vezes mais rapidamente do que em modelos tradicionais. Diferente da estrutura escolar convencional, onde os estudantes progridem em séries fixas, na Alpha School eles avançam nas matérias conforme seu próprio ritmo.

A proposta educativa é descrita como motivacional e envolvente, evitando o “tédio” das salas tradicionais. Byron Attridge, um aluno de 12 anos que estuda na instituição há quatro anos, afirma que está aprendendo conteúdos equivalentes à oitava série em matemática sem as limitações impostas pelos currículos normais.

As aulas não seguem o formato habitual; ao invés disso, são organizadas em workshops onde os estudantes devem desenvolver características como coragem, criatividade e adaptabilidade — habilidades que visam prepará-los para desafios futuros.

Novo modelo de ensino

A Alpha School foi criada pela organização sem fins lucrativos “Legacy of Education” em 2014 com apenas 16 alunos. Atualmente, possui cerca de 250 estudantes distribuídos em dois campi na cidade. A expansão da escola é ambiciosa: até 2026 estão previstas aberturas em novas localidades como Nova York e Porto Rico.

Mackenzie Price, cofundadora da Alpha e influenciadora digital, defende o uso da IAcomo uma forma de personalizar o ensino segundo os interesses dos alunos. Ela descreve as salas de aula como “o novo campo de batalha global”.

No processo seletivo para admissão na Alpha School existem três etapas principais. O primeiro passo é o “Show Case”, uma apresentação voltada a pais e alunos interessados. Após isso, é necessário preencher um formulário de inscrição com uma taxa não reembolsável e enviar documentação relevante sobre o aluno.

Por fim, os candidatos participam do “Shadow Day”, onde têm a oportunidade de experimentar a metodologia da escola. Um comitê avalia as inscrições e realiza entrevistas com as famílias para entender melhor os objetivos acadêmicos dos alunos antes de fazer uma oferta formal de matrícula.

Críticas

Entretanto, a abordagem inovadora da Alpha School não está isenta de críticas. Especialistas questionam a eficácia do método e alertam para o risco da falta de desenvolvimento do pensamento crítico entre os alunos. Críticos apontam que as crianças podem estar expostas demais às telas e menos interagindo socialmente.

Há também preocupações quanto à preparação dos guias educacionais da instituição, visto que sua ausência de professores tradicionais levanta dúvidas sobre a qualificação necessária para lidar com as diversas necessidades dos alunos.

Com este modelo educacional ainda sendo testado no cenário atual, questões sobre sua eficácia e impacto no futuro dos estudantes permanecem abertas ao debate.

 

Fonte:  AH /Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 03/09/2025/07:00:32

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