Estrutura abandonada em canteiro de obras de Belo Monte preocupa moradores no sudoeste do Pará

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O local é conhecido como Sítio Canais e está desativado há quase dois anos quando terminaram as obras do canal que desviou o leito do rio Xingu.

Estruturas usadas em um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte (UHBM) estão abandonadas, em Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará. É possível encontrar resíduos de substâncias tóxicas e materiais de difícil decomposição jogados a céu aberto. O local é conhecido como Sítio Canais e está desativado há quase dois anos quando terminaram as obras do canal que desviou o leito do rio Xingu. A Norte Energia, empresa responsável pela usina, informou que só deve se posicionar sobre o caso nesta terça-feira (22).

A área já alojou mais de oito mil trabalhadores, mas atualmente apenas homens da Força Nacional e de empresa de segurança particular monitoram o espaço. No canteiro foram deixados materiais tóxicos expostos, um reservatório de água parada, além de móveis, placas de alumínio, pedaços de ferro.

No meio do matagal também é possível encontrar pilhas de canos novos, além de pias e vasos sanitários. A denúncia partiu de moradores de uma comunidade próxima que dizem que o solo e a água estão sendo contaminados.

“Nós temos várias preocupações. Primeiramente a escoação das águas, dos ferros, dos produtos químicos que vem descendo pro lago. E tem muitos aqui que necessitam do lago para sobreviver pescar, se alimentar da pescaria. E o segundo fato é tanques de água que podem prover uma dengue, uma febre amarela”, relata uma moradora que preferiu não se identificar.

Mas o reflorestamento previsto no processo de licenciamento da hidrelétrica ainda nem começou. O que se ve são materiais poluentes por toda parte.

Espaço saqueado

O canteiro foi saqueado. Os casos de furto e receptação de material são registrados da Delegacia de Vitória do Xingu. Por semana são apurados, em média, três casos envolvendo o espaço. De acordo com o delegado Lindoval Borges a maioria dos suspeitos são de Altamira. “Eles vão lá só para furtar”, afirma.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente apura a responsabilidade da empresa no local. “Além de não ser permitido material contaminante no solo. Tem o plano de recuperação de área degradada da empresa, que ela tem que cumprir. Devolver como ela era antes ou apta para utilização da agricultura familiar”, informa o secretário Darly Costa.

Fonte: G1 PA.
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