Homem denuncia Tinder no Procon após 4 anos sem encontros
Usuário do Tinder, um aplicativo de relacionamento, não conseguiu marcar nenhum encontro depois de quatro anos de uso da versão paga do app | Foto: Freepik
O caso inusitado aconteceu em Porto Alegre. Insatisfeito com o serviço pago da plataforma, o usuário decidiu acionar o Procon
Encontrar a outra metade da laranja, ter uma sorte com o cupido ou viver uma grande história de amor nos dias atuais pode ser um grande desafio para algumas pessoas. Por isso, não é surpresa que os aplicativos de relacionamentos entrem em cena para ajudar nessa missão. Afinal, espera-se que a situação finalmente melhore… Ou quase isso.
Um caso inusitado envolvendo o aplicativo de relacionamento Tinder chamou a atenção do Procon de Porto Alegre recentemente. Um usuário insatisfeito com o serviço de impulsionamento de perfil oferecido pela plataforma registrou uma queixa formal contra o aplicativo depois de quatro anos de uso contínuo.
O usuário alegou que não conseguiu marcar um encontro sequer com essa ferramenta da plataforma. A frustração acumulada e o investimento financeiro feito motivaram o consumidor a buscar assistência do órgão de defesa do consumidor.
O Procon de Porto Alegre confirmou que a queixa foi protocolada em outubro e veio acompanhada de um detalhado relato das experiências do usuário, descrito pelo reclamante como “um verdadeiro desabafo”. O caso levanta discussões sobre a eficácia das promessas feitas por plataformas de relacionamento e sobre as expectativas dos consumidores em relação a esses serviços pagos.
O recurso de impulsionamento no Tinder, um serviço pago oferecido pela plataforma, promete aumentar a visibilidade do perfil do usuário, posicionando-o entre os primeiros nas visualizações. A ideia é que essa visibilidade extra aumente as chances de interações e possíveis encontros. No entanto, a experiência do usuário que registrou a queixa levanta dúvidas sobre a real eficácia dessa funcionalidade, principalmente em termos de traduzir a exposição em encontros concretos.
Para muitos usuários, o pagamento pelo impulsionamento é visto como um investimento que deveria trazer retorno proporcional em termos de interações. Contudo, o Procon lembra que o impulsionamento apenas garante uma maior exposição do perfil e não um aumento nas interações ou no sucesso em encontrar um par, o que levanta questionamentos sobre as expectativas dos consumidores e a clareza das promessas feitas pelos aplicativos.
Responsabilidade do Procon
O Procon é o órgão responsável por intermediar disputas entre consumidores e fornecedores, apurando situações de insatisfação, práticas abusivas ou falhas na prestação de serviços. No caso específico registrado em Porto Alegre, o órgão está buscando esclarecimentos junto ao Tinder sobre a eficácia do impulsionamento e como ele é apresentado aos usuários. A ideia é investigar se há elementos de propaganda enganosa ou falta de clareza no serviço oferecido.
Em casos assim, o Procon pode impor sanções administrativas caso conclua que os direitos do consumidor foram violados. O órgão tem um papel importante em garantir que as empresas ofereçam informações claras e transparentes sobre os serviços prestados, evitando promessas exageradas que possam induzir o consumidor ao erro.
Para quem usa aplicativos de relacionamento, é essencial compreender os termos e condições dos serviços adicionais oferecidos antes de investir em funcionalidades pagas. Os consumidores devem estar atentos aos resultados reais prometidos e às limitações desses serviços.
Algumas recomendações:
Leia atentamente os termos de serviço e descrições das funcionalidades antes de fazer uma compra.
Consulte avaliações de outros usuários para entender melhor suas experiências.
Pondere sobre o investimento financeiro e avalie se o retorno esperado é realista.
Fonte: Laura Vasconcelos – Terra e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 06/11/2024/17:24:54
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