Indígenas da etnia Kayapó, das aldeias localizadas entre os municípios de Novo Progresso e São Félix do Xingu, ocupam prédio da concessionária de Belo Monte em protesto por renovação de acordo
Foto: Wilson Soares / A Voz do Xingu | Lideranças indígenas cobram a empresa renove um acordo vencido há um ano. O acordo garante repasse de recursos que serão aplicados na proteção das terras indígenas contra o avanço de crimes ambientais.
Lideranças indígenas cobram a empresa renove um acordo vencido há um ano. O acordo garante repasse de recursos que serão aplicados na proteção das terras indígenas contra o avanço de crimes ambientais.
Cerca de 80 Indígenas da etnia Kayapó, do município de Novo Progresso, realizam protesto em Altamira, no vale do Xingu, para cobrar a renovação de um acordo que beneficiaria aldeias de duas terras indígenas, no sudoeste do Pará.
O grupo de manifestantes iniciou o protesto na segunda-feira (25) e ocupava o prédio da empresa Norte Energia até esta quinta (28).
A empresa seria a responsável pela renovação do acordo e para repasses de recursos às aldeias da região. O acordo foi firmado com a empresa Eletrobrás, que é a maior acionista da Norte Energia, responsável pela usina de Belo Monte.
Os indígenas bloquearam com cordas parte da avenida que dá acesso ao prédio da empresa e ao aeroporto de Altamira.
As lideranças cobram que a Norte Energia renove um acordo que estaria vencido há um ano. O documento garante repasse de recursos aplicados na proteção das terras indígenas contra o avanço de crimes ambientais.
O acordo cobrado pelo povo Kayapó é parte das Condicionantes Indígenas de Belo Monte, que são exigências legais. A ideia é compensar os impactos e garantir a proteção das 3 Terras Indígenas: Baú, Menkragnoti e Kayapó e do leste e oeste da bacia do Xingu. O acordo funcionou por 12 anos, venceu em 2023 e desandou com a privatização da Eletrobrás.
Na tarde da quarta-feira (27), os caciques participaram de uma reunião com representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Eletrobrás, Norte Energia, Instituto Kabu e da Associação Floresta Protegida dos Kayapó.
Os indígenas informaram, que estão indignados com a falta de entendimento em um acordo proposto por eles. A reunião terminou sem atender a pauta e por isso os indígenas resolveram continuar a manifestação.
Na quarta-feira (27), a Norte Energia acionou a justiça e entrou com um pedido de reintegração de posse à sede da empresa. O g1 pediu posicionamento da empresa sobre os apontamentos do indígenas e aguarda retorno.
Fonte: g1 PA e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 29/11/2024/13:21:18
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