Motoristas têm prejuízo com gasolina adulterada

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Desde março, a ANP não conta com o programa de monitoramento da qualidade do combustível em 20 Estados; gastos com danos mais simples podem chegar a R$ 400

Há duas semanas, a mecânica Rebeca Montenegro fazia o percurso entre as cidades de Embu das Artes e São Paulo, quando percebeu que havia algo estranho com seu veículo. “Na estrada, o carro começou a falhar e a fazer aquele barulho infernal de escapamento”, conta. Como trabalha com veículos automotivos há alguns anos, ela não demorou a reconhecer a causa: gasolina adulterada. O problema pode ser mais recorrente do que se imagina, de acordo com especialistas, e exige atenção dos motoristas.

Além disso, o consumidor deve levar em conta que, desde março deste ano, o programa de monitoramento da qualidade dos combustíveis está prejudicado pelo fim de contratos da Agência Nacional de Petróleo (ANP) com 16 universidades, deixando 20 Estados sem análise. Procurada pelo Estado, a ANP garantiu que uma nova licitação está em curso para a contratação das instituições que realizam os monitoramentos. Além disso, destacou que a fiscalização nos postos continua em todo o Brasil. No primeiro semestre de 2015, segundo a ANP, foram realizadas 7,5 mil ações de fiscalização no País, resultando em 1,8 mil autos de infração e 389 interdições. No mesmo período de 2014, a agência havia realizado 7,8 mil ações.

Segundo o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos do Estado de São Paulo (Sindirepa), Pedro Luiz Scopino, os gastos com danos mais simples causados por combustível adulterado podem chegar a R$ 400. De acordo com ele, algumas características podem identificar se o veículo não foi abastecido de forma adequada, como o aumento do consumo de combustível pelo carro, as famosas “engasgadas” e a dificuldade de dar a primeira partida – nos casos mais críticos, ela pode até não acontecer. “Já cheguei a pegar carros com 30% a 35% de álcool na gasolina”, diz o vice-presidente do Sindirepa, alertando que o limite permitido pela legislação brasileira é de 23% de álcool anidro.

A mecânica Rebeca Montenegro percebeu, na estrada, que o carro tinha sido abastecido com gasolina adulterada

A mecânica Rebeca Montenegro percebeu, na estrada, que o carro tinha sido abastecido com gasolina adulterada
O condutor de trem Misael Andrade, que mora no Recife (PE), foi outro prejudicado ao abastecer com combustível abaixo da qualidade permitida. Segundo ele, o prejuízo só não foi maior porque desconfiou do estabelecimento no momento em que abastecia. “Neste mês, fui abastecer e pedi para encher. No mesmo momento, notei que o frentista foi verificar a gasolina e senti um cheiro estranho. Desci e não deixei encher o tanque. Mesmo assim, o carro ficou morrendo quando saí do posto. Ligava o carro e não ia. Sorte que deu para abastecer com outra gasolina em outro local e não deu problema no motor”, diz. Andrade ainda afirmou que não pensou em denunciar o posto, por acreditar que não haja punição. “Eles estão por aí faz tanto tempo. Não creio que vá fazer uma diferença”.

Mas o presidente da Comissão do Direito do Consumidor da OAB-SP, Marco Antônio Araújo Jr., diz que o proprietário do posto que vender combustível adulterado pode ser penalizado, caso o consumidor sinta-se lesado. “O Código do Consumidor garante que o posto seja responsável pelos danos materiais ou demais danos que possam ser causados pelo combustível adulterado, inclusive os morais”, afirma. Marco Antônio complementa que o cliente pode buscar suporte junto a um advogado, para que, juntos, recorram ao Judiciário e busquem uma possível indenização.

Abastecer no mesmo posto e desconfiar de preços abaixo da média que a região oferece são algumas das precauções que o consumidor pode tomar para escapar da armadilha da gasolina adulterada. O Procon-SP e a própria ANP dão mais algumas dicas ao cliente, que deve estar atento às especificações do combustível, especialmente quando for comercializado em um posto sem bandeira – o preço do produto deve estar sempre em painel de fácil visualização; e o distribuidor deve ser identificado na bomba abastecedora, caso não seja proveniente de marca comercial. Exigir a nota fiscal após o serviço também é uma arma poderosa na mão do comprador – é por meio dela que a reclamação poderá ser oficializada nos órgãos oficiais.

Os motoristas que não dispensam o uso da tecnologia ainda podem contar com aplicativos que ajudam o consumidor a detectar os estabelecimentos suspeitos. Disponível para os sistemas iOS e Android, o Gazo é a versão nacional do software que mapeia os postos com combustível mais barato da região. Apesar de o foco ser a economia no preço, o aplicativo tem um banco de dados que acumula diversas informações sobre os locais de abastecimento, desde o CNPJ até os nomes dos sócios e a bandeira. “Dentro do Gazo, você consegue avaliar o posto de múltiplas formas”, diz o diretor de marketing da Neoway, empresa que desenvolveu o programa no Brasil.

Veja dicas para abastecer o seu carro com segurança

Procure abastecer sempre no mesmo posto

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    Desconfie de postos que oferecem combustível a preços muito abaixo da média da região
    Exija sempre o comprovante de pagamento (nota fiscal), pois este documento é importante caso tenha algum problema e necessite reclamar
18 oct 2011 … buying cialis over the counter online buy cialis w/out insurance cheap cialis     Postos da marca só podem vender combustíveis fornecidos pelo distribuidor detentor da marca comercial exibida dapoxetine ranbaxy dapoxetine tadalafil combination order dapoxetine
    Se não houver marca comercial (bandeira branca), cada bomba abastecedora deverá identificar o fornecedor do respectivo combustível
    Ao abastecer em postos sem bandeira (bandeira branca), verifique qual a distribuidora do combustível – esta informação deve estar disposta na bomba
    O estabelecimento é obrigado a informar os preços dos combustíveis em painel de forma adequada, ostensiva e de modo a permitir a fácil visualização
buy estrace vaginal cream without prescription. estrace vaginal cream is used to treat symptoms of menopause.     O teste de qualidade, conhecido como teste da “proveta”, é obrigatório e verifica o excesso de álcool na gasolina. Pode ser solicitado em qualquer ocasião
    Fique atento para os chamados “postos clonados”. A clonagem ocorre quando postos revendedores de combustíveis sem bandeira imitam marcas conhecidas, utilizando cores, símbolos e denominações semelhantes aos de grandes distribuidores. Porém, os combustíveis comercializados nesses postos não são procedentes das marcas mais conhecidas

Quem se sentir prejudicado pelo uso de combustíveis adulterados pode denunciar os postos revendedores à ANP no site da agência ou pelo telefone 0800 970 0267 (ligação gratuita). A ANP lembra que para a denúncia ser considerada válida, o consumidor precisa informar nome, endereço e o CNPJ do estabelecimento. Com base na denúncia, haverá o direcionamento de ações para estabelecer roteiros de fiscalização.

O consumidor ainda pode se informar sobre os postos autuados ou interditados no próprio site da ANP. Basta ir na seção “Fiscalização” e logo depois em “Postos Autuados e/ou Interditados”. A ANP separa a lista de estabelecimentos irregulares por Estados. A relação é atualizada mensalmente com a inclusão de novos lugares autuados e a retirada daqueles que conseguem a regularização.
Estadão/Karina Menezes e Thiago Wagner – Especial para o Estado de S. Paulo

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