Mulheres cientistas acolhem meninas que vão ingressar na Universidade
(Foto:Divulgação SENSU) – Idealizado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) o Astrominas mostra para meninas do Ensino Médio que a Academia é também para elas. Anualmente, cerca de 600 alunas trocam experiências e criam laços com mulheres cientistas que já atuam em Astronomia, Ciências Atmosféricas, Geofísica, Geociências, Física, Oceanografia, Astrobiologia, Matemática e ciências humanas relacionadas a Gênero. Projeto oferece cota para pretos, pardos e índigenas (PPI) e 60% das alunas são oriundas de escolas públicas
De cada dez alunos matriculados nas universidades em cursos das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática apenas três são mulheres. Este dado, da Organização das Nações Unidas, evidencia um ambiente predominantemente masculino e estimulou o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) a criar em 2019 o Astrominas, programa que acolhe meninas matriculadas no 9º ano do Fundamental ou no Ensino Médio que vislumbram ingressar em cursos universitários de Ciências Exatas.
Dirigido pela astrônoma Elysandra Cypriano, professora do IAG, o Astrominas é coordenado por 60 pesquisadoras – somando as coordenadoras e as fadas (que são graduadas, mestras, doutoras e pós-doutoras) na maioria delas da USP, mas também de outras universidades. Elas são fadas madrinhas das alunas que são selecionadas a participar do projeto. Cada grupo de 20 alunas é acolhido por duas fadas. É criado um grupo de aplicativo de mensagem instantânea, no qual a troca de experiência entre fadas e alunas é diária durante o período das férias, por três semanas seguidas. Nos demais dias do ano, o vínculo é mantido.
Neste período mais intenso de atividades do Astrominas, que marca as férias escolares de julho, cada participante reserva de três a quatro horas diárias e aquelas que participam de todas as atividades obrigatórias recebem um certificado digital da USP, comprovando a participação no evento. “Além de introduzir as alunas no método científico, trazendo um background daquilo que elas poderão encontrar na universidade, promovemos um ciclo de palestras com temas que mesclam conteúdo técnico de diferentes áreas de Exatas e momentos de troca sobre o papel da mulher na ciência e na sociedade”, explica Elysandra.
A professora acrescenta que, além das questões científicas, o Astrominas discute, por exemplo, qual é o papel da mulher na sociedade. “Para tanto, exercemos a escuta dos problemas que as próprias fadas trazem. Elas oferecem o frescor da visão de mundo mais atualizada delas e nós compartilhamos nossa a carga de experiências de outras épocas. Assim, somos um coletivo de mulheres, de acolhimento e aprendizado mútuo, nos qual se aborda diferentes aspectos que permeiam a universidade. “O objetivo é sejam mulheres mais empoderadas que as da minha geração”, afirma Elysandra Cypriano.
A professora conta que cientistas com mais tempo de carreira, como ela, passaram por um processo de padronização e acabam pensando, em determinadas situações, de forma semelhante aos homens. A ideia com o Astrominas é que esta nova geração de mulheres na Universidade exerça a sua cidadania e tenha as suas necessidades femininas atendidas, em pé de igualdade com os homens. “A Academia ainda é um ambiente hostil, por mais que a gente tenha avançado bastante em muitos aspectos. Então, devemos preparar estas meninas para que elas saibam qual é a luta. Qual é a agenda que as aguarda. Quais direitos temos e quais são aqueles que devemos conquistar. Temos sim um papel combativo e político-social”, ressalta a professora.
QUEM PODE PARTICIPAR DO ASTROMINAS 2024 – No Astrominas 2024, previsto para as férias escolares de julho, serão abertas, em breve, cerca de 600 vagas. Para se inscrever é necessária a identificação com o gênero feminino (cis ou trans); ter entre 14 e 17 anos completos até 30 de junho de 2024 e estar regularmente matriculada em uma escola de Educação Básica (pública ou privada). Esses requisitos serão verificados mais de uma vez para que a convocada seja de fato confirmada no projeto.
A distribuição das vagas segue o sistema de cotas de pretas, pardas e indígenas (PPI), garantindo a elas os primeiros 20% de vagas. As outras meninas PPIs, que não entraram na primeira seleção, participam do sorteio das demais vagas. “Distribuímos os sorteios de tal forma que também tenhamos 80% das alunas sendo oriundas de escola pública. Com isso, estamos alinhados com o que mostra o censo escolar”, celebra a professora.
Mais informações sobre o Astrominas estão disponíveis em https://sites.usp.br/
Sobre o IAG/USP – O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo é um dos principais polos de pesquisa do Brasil nas áreas de Ciências Exatas e da Terra. A missão é contribuir para o desenvolvimento do país, promovendo o ensino, a pesquisa e a difusão de conhecimentos sobre as ciências da Terra e do Universo e aspirando reconhecimento e liderança pela qualidade dos profissionais formados e pelo impacto da atuação científica e acadêmica. Na graduação, o IAG recebe em seus três cursos 80 novos alunos todos os anos. Já são mais de 700 profissionais formados pelo IAG, entre geofísicos, meteorologistas e astrônomos. Os quatro programas de pós-graduação do IAG já formaram mais de 870 mestres e 450 doutores desde a década de 1970. O corpo docente também tem posição de destaque em grandes colaborações científicas nacionais e internacionais.
Fonte:SENSU e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 23/02/2024/07:16:46
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