Petrobras e mais 3 petroleiras arrematam 19 das 47 áreas de exploração na Foz do Amazonas

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Governo defende exploração de petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas — Foto: Jornal Nacional/ Reprodução

A Margem Equatorial tem grande potencial de reservas, mas a exploração preocupa ambientalistas. A ANP realizou leilão de 172 áreas para exploração de petróleo no país, das quais 34 foram arrematadas. Investimento mínimo previsto é de R$ 1,4 bilhão.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou nesta terça-feira (17) um leilão de concessão de 172 áreas para exploração de petróleo no Brasil.

Desse total, 34 blocos exploratórios foram arrematados nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas, somando uma área de 28.359,55 quilômetros quadrados, segundo a ANP.

As nove empresas vencedoras do leilão desembolsaram mais de R$ 989 milhões ao governo pelo direito de explorar as áreas. Agora, a previsão é de um investimento mínimo de R$ 1,4 bilhão na fase de exploração.

Os principais destaques são as regiões pertencentes à Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. A área tem sido apelidada de “novo pré-sal” devido ao seu potencial para abrigar grandes reservas de petróleo, embora a exploração levante preocupações ambientais. (leia mais abaixo)

➡️ As empresas Petrobras, ExxonMobil, Chevron e CNPC arremataram 19 dos 47 blocos exploratórios de petróleo e gás ofertados na Bacia da Foz do Amazonas, por um valor total de R$ 844 milhões.

Segundo a diretora-executiva de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em entrevista à Reuters, a estatal conquistou todas as áreas que pretendia. A empresa concentrou seus lances justamente na Foz do Amazonas, que é considerada uma nova fronteira exploratória.

Veja abaixo os vencedores do leilão.

Onde ficam as áreas de exploração?

Os 172 blocos ofertados no leilão desta terça-feira estão distribuídos em 16 setores, localizados em cinco bacias sedimentares — quatro marítimas e uma terrestre. (veja o mapa abaixo)

No mar, ficam as bacias:

Foz do Amazonas (na costa do Amapá e parte do Pará),
Potiguar (entre o Rio Grande do Norte e o Ceará),
Santos (na costa Sudeste, entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina) e
Pelotas (no litoral do Rio Grande do Sul).

A única bacia terrestre é a dos Parecis, localizada nos estados de Mato Grosso e Rondônia.

A bacia Potiguar, situada a 398 km de Fernando de Noronha, foi a única que não recebeu propostas para nenhum de seus setores. Esta foi a terceira vez que a ANP colocou a área em leilão para exploração de petróleo e gás — e, em todas as ocasiões, não houve interessados nos blocos próximos à ilha.

Ao todo, 31 empresas estavam habilitadas a participar do leilão, incluindo grandes companhias como Petrobras, Shell (Reino Unido) e ExxonMobil (EUA), além de petroleiras da Austrália, Bermudas, Catar, China, Colômbia, França, Noruega e Portugal.

Inicialmente, estavam disponíveis 332 blocos, mas apenas os 172 que receberam propostas ou garantias de oferta foram incluídos no leilão desta terça.

Preocupação ambiental

Dos blocos ofertados, 63 estavam localizados nas bacias da Foz do Amazonas e Potiguar, ambas situadas na Margem Equatorial.

A região é considerada pela ANP uma “nova fronteira” para a indústria do petróleo, com potencial estimado em até 10 bilhões de barris, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A ANP informou que o governo federal aposta na atração de investimentos para a região como forma de gerar empregos, renda e desenvolvimento local.

No entanto, a exploração da área, onde se localiza a foz do rio Amazonas, preocupa ambientalistas. A região abriga uma rica biodiversidade e cerca de 13 mil indígenas, que poderiam ser impactados em caso de um eventual derramamento de óleo.

Atualmente, a Petrobras busca obter do Ibama o licenciamento ambiental para perfurar o bloco FZA-M-59 (também conhecido como bloco 59), adquirido pela estatal na costa do Amapá, onde espera confirmar a existência de uma reserva significativa de petróleo. (entenda mais aqui)

O Ministério Público Federal (MPF) chegou a acionar a Justiça para impedir a realização do leilão, argumentando que, sem estudos prévios adequados, ele representa uma grave violação de direitos fundamentais, compromissos internacionais e da legislação ambiental brasileira.

Outra preocupação de especialistas diz respeito ao bloco localizado a 398 km da Ilha de Fernando de Noronha.

Pesquisadores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) alertaram recentemente que, em caso de vazamento na Bacia Potiguar, as correntes marítimas podem levar o óleo até Noronha em pouco tempo.

 

Fonte: Júlia Nunes, g1 — São Paulo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 17/06/2025/16:11:09

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