PF faz operação em Goiânia e no Pará contra extração ilegal de ouro

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PF prende empresário pecuarista que extraía ouro ilegalmente no Pará – (Foto:Reprodução/PF )

Dano ambiental causado devido à extração ilegal de minério está estimado em R$ 20 bilhões, segundo a Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quarta-feira (8/2), a Operação Boi Dourado, para combater a extração ilegal de ouro e crimes ambientais em uma fazenda localizada em Curionópolis (PA), por onde passa a linha de transmissão Xingu-Rio, responsável por levar energia ao Sudeste do país.

A extração ocorre em uma área estimada em 300 hectares dentro da propriedade.

Policiais federais cumpriram um mandado de prisão preventiva e nove de busca e apreensão em Curionópolis (PA), Marabá (PA) e Goiânia.

As equipes também cumprem decisão judicial de sequestro de bens e valores, em R$ 161 milhões, e a inalienabilidade da fazenda, avaliada em R$ 200 milhões. Até o momento, a PF apreendeu duas espingardas, pequena quantidade de ouro e um aparelho celular.

Alvo de mandado de prisão, o dono da fazenda é um grande empresário pecuarista, que não tem permissão ou concessão de lavra garimpeira, emitida pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Ele também não tem licenças ambientais.

Movimentações financeiras do suspeito apontam a existência de intermediários na venda do ouro extraído ilegalmente, segundo as investigações.

Elas revelam, ainda, que o empresário tentou apagar evidências de crimes ambientais e, por isso, a liberdade dele colocaria em risco a obtenção de provas e a persecução penal.
Consequências

A investigação começou a partir a partir de denúncia de moradores das proximidades da fazenda e de informação da empresa Xingu-Rio — que, durante a fiscalização das 4.448 torres de energia, notou a extração de ouro se aproximar da linha de transmissão.

Em setembro de 2022, a PF deflagrou a primeira fase da operação, denominada Saturnus. À época, os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na fazenda, bem como a inutilização de três pás carregadeiras.

O dano ambiental causado devido à extração ilegal de minério está estimado em R$ 20 bilhões, valor mensurado a partir da vastidão da área de extração ilegal, com desmatamento, escavações, gravíssima contaminação do solo e do rio, além de assoreamento perto da propriedade, devido à presença de mercúrio e outras substâncias.

A perícia policial feita durante a operação deve dar estimativas mais precisas sobre o dano ambiental, que inclui a poluição do Rio Sereno — afluente do Rio Tocantins responsável pelo abastecimento de várias cidades.

O valor leva em consideração o gasto necessário para recomposição do meio ambiente. Os envolvidos devem responder, a depender do caso, pelos delitos de usurpação de bens da União, por crimes ambientais e por associação criminosa.
Xingu-Rio

A linha de transmissão Xingu-Rio é a maior do mundo e atende cerca de 20 milhões de pessoas. Ela leva energia gerada em Belo Monte — desde Anapú (PA) até Paracambi (RJ) — e fica responsável por cerca de 40% do estado fluminense.

Por:Jornal Folha do Progresso em 09/02/2023/07:34:26 com informações Metropoles

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