Polícia busca suspeitos de explorar garimpo ilegal no sudeste do Pará

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Oito pessoas já foram presas na operação iniciada na quinta-feira, 7.
Mais de R$ 700 mil em ouro e prata foram apreendidos durante a ação.
A Polícia Federal procura três homens suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em garimpo e venda ilegal de ouro extraído do interior da terra indígena Kaiapó, em Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará. Oito pessoas já foram presas durante a operação Muiraquitã, iniciada na quinta-feira (7) para combater o esquema.

Imagem de satélite mostra área de garimpo ilegal (Foto: Divulgação / MPF)
Imagem de satélite mostra área de garimpo ilegal
(Foto: Divulgação / MPF)

Foram apreendidos R$ 731.450 em ouro e prata durante a operação. Além dos metais preciosos, os policiais encontraram R$ 262.829 em dinheiro e apreenderam máquinas pesadas no valor de R$ 522 mil. As apreensões totalizam R$ 1.529.279, sem contar as jóias encontradas no garimpo. A estimativa da Fundação Nacional do Índio (Funai) é que os garimpeiros extraiam 20 quilos de ouro por semana, que representa uma movimentação mensal avaliada em R$ 8 milhões.
Comerciantes de ouro foram presos no sul do Pará, no Tocantins e em São Paulo. Dois indígenas foram presos suspeitos de receber R$ 30 mil por mês para liberar o garimpo. “A partir do momento que você se associa e presta ao garimpeiro toda assistência material que ele precisa, permitindo que ele explore a área, delimitando a área onde ele pode ficar e recolhendo com habitualidade a renda dali extraída, ele é autor do crime”, disse a delegada Shirley Caselani, da Polícia Federal.

Os garimpos também prejudicam a convivência entre os índios Kaiapó de duas aldeias. No início de 2016, a Funai denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) e à PF um conflito que ocorreu entre lideranças contrárias ao garimpo e o grupo que permitia a extração ilegal de ouro. Seis índios ficaram feridos no conflito, quatro deles em estado grave.

A Funai informou que tem conhecimento do garimpo ilegal desde a década de 1980 e que realiza várias operações conjuntas de combate à extração ilegal de ouro e de monitoramento ambiental da terra indígena.
Investigações
As investigações sobre a exploração ilegal do ouro foram iniciadas pelo Ministério Público Federal no final de 2015, após denúncias feitas pela Funai, que sobrevoou a área e verificou que o centro da atividade garimpeira estava em garimpo próximo da Aldeia Turedjam, em Ourilândia.

A operação do garimpo ilegal que funcionava nas terras Kaiapó, no sudeste do Pará, utilizava máquinas pesadas para remover ouro de uma grande área do território indígena. A informação é do Ministério Público Federal, que contabilizou 40 pás carregadeiras durante um sobrevoo.

Operação Muiraquitã apreendeu 700 mil reais em ouro e prata (Foto: Divulgação/ Polícia Federal) Operação Muiraquitã deflagrada agora pela manhã pela Polícia Federal. Ourilândia Ouro (Foto: Divulgação/ Polícia Federal) Mais de R$ 700 mil em ouro e prata foram apreendidos durante a operação. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
Operação Muiraquitã apreendeu 700 mil reais em ouro e prata (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
Operação Muiraquitã deflagrada agora pela manhã pela Polícia Federal. Ourilândia Ouro (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)
Mais de R$ 700 mil em ouro e prata foram apreendidos durante a operação. (Foto: Divulgação/ Polícia Federal)


Do G1 PA

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