Polícia investiga origem de dinheiro encontrado no mar do RJ Reprodução

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A 10ª DP (Botafogo) faz diligências para tentar identificar a origem do dinheiro que apareceu boiando no mar da Urca, bairro da Zona Sul do Rio. Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa da corporação, a unidade soube do aparecimento das cédulas de R$ 50 e R$ 100 por meio da imprensa – o que significa que não houve queixa, até o momento, de que o dinheiro tenha sido roubado ou furtado de algum lugar.

As notas de real apareceram boiando no mar da Urca no último domingo. Logo, a notícia de que havia dinheiro no local atraiu centenas de curiosos: foi uma espécie de caça ao tesouro. Há, também quem fique intrigado com a origem de tanto dinheiro. Teve gente que afirmou ter conseguido até R$ 45 mil.
Segundo o oceanógrafo José Lailson Brito, as notas devem ter sido lançadas há pouco tempo no mar:

– Pelo que eu vi das fotos, as notas estão em bom estado. Qualquer coisa em contato com a água muito tempo já ganha uma coloração esverdeada, amarronzada, que é um filme de bactérias e algas. Matéria orgânica, como papel, se degrada rápido, mesmo as notas que passam por um tratamento especial.

‘Dinheiro foi lançado ao mar’, acredita oceanógrafo

“É a maior lavagem de dinheiro de todos os tempos”, brincam os pescadores, no quinto dia de buscas ao “tesouro” que brotou no fundo do mar da Urca. Enquanto a 10ª DP (Botafogo), segundo nota da assessoria da Polícia Civil, faz diligências para investigar a origem das cédulas, pescadores e mergulhadores acreditam que o dinheiro tenha vindo dos iates ancorados no clube ao lado.

— Todo mundo acha que foi alguém querendo se livrar do dinheiro. Por causa da Polícia Federal, jogou no mar e agora apareceu. Isso vem dos iates — conta Handerson Moreira, de 42 anos.

O oceanógrafo David Zee concorda que o dinheiro tenha sido lançado nas águas:

— Existem várias fontes de lançamento, a murada ou as embarcações. Esse dinheiro não foi perdido sem querer. Do esgoto, não veio, estaria embolado. Isso foi um grande pacotão de dinheiro lançado no fundo do mar e que aos poucos começou a se desmanchar nas águas.

Zee não acredita que o tesouro da Urca tenha sido ‘perdido’:

— Ninguém que perdesse o dinheiro ia deixar por isso mesmo. Faria buscas, faria um escândalo. Até agora ninguém reclamou esse dinheiro. O cara que jogou quis se livrar.Como na Urca tem muita pedra e muitos mergulhadores, mais gente vai mineirando a água para “caçar o tesouro”. Mas a origem é dali mesmo. É coisa recente porque as cédulas não estão descoloridas nem desbotadas.

Desde domingo, pescadores e mergulhadores se lançam ao mar em busca das cédulas
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O esgoto produzido na Urca é enviado ao emissário submarino. Não é despejado no mar do bairro. As galerias pluviais, que lançam águas da chuva, saem na orla, mas especialistas acreditam que o montante de notas é muito volumoso para ter vindo por elas.

Apelidada de “Píer do Cabral”, por causa da teoria de que o dinheiro viria de propina da Lava-Jato, a ponte em cima do Quadrado da Urca vive lotada de curiosos. Mas quem busca as notas tem se decepcionado: as cédulas já têm aparecido rasgadas.
Por Extra Globo
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