Região Norte tem a maior taxa de inadimplentes no setor rural; Pará soma 37,4%

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A nível nacional, 27,4% desses trabalhadores estavam com o nome em vermelho, valor que representa uma oscilação de 0,4 pontos percentuais em comparação com o último levantamento (Foto:Reprodução).

Especialistas afirmam que a falta de segurança no campo, saturação do mercado e preço dos insumos são importantes motivos para justificar o cenário

A região Norte do Brasil foi a que teve a maior taxa de inadimplência no setor rural em março de 2023. Dados da Serasa Experian mostram que esse valor alcançou a marca de 38,7%. No Pará, o número chegou a 37,4% de pessoas do segmento que acumulavam dívidas.

A nível nacional, 27,4% desses trabalhadores estavam com o nome em vermelho, valor que representa uma oscilação de 0,4 pontos percentuais em comparação com o último levantamento, feito em novembro de 2022.

Dentre os fatores que justificam o cenário, Guilherme Minssen, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Feapa), explica que a falta de segurança jurídica e o mercado saturado estão entre os principais. “Por exemplo, nós estamos atravessando, sem dúvida, a pior fase da pecuária. Primeiro, teve um ciclo de alta. O valor estava bem pago, você tinha pouca oferta e isso elevou os preços. Então, começou a ter oferta e muita carne ficando parada, empobrecendo o setor e fazendo muita gente ir embora dele”, pontua.

“Outro fator é a questão de nós não termos uma segurança fundiária. Estamos totalmente sem. Muitas fazendas e sítios estão sendo vendidos porque a pessoa não se sente segura. Não tem condição de construir qualquer coisa naquele terreno porque não se sabe se amanhã ou depois vai ter uma invasão. São dificuldades a nível federal e local”, acrescenta.

Além disso, o preço dos insumos, materiais necessários para as plantações rurais, também fazem parte da situação. “Os adubos que compravam ano passado, tentando corrigir as coisas, aumentaram.

Somando tudo, cai como uma bomba. Hoje, no interior do estado, estamos sem perspectiva de pagamento na pecuária e não temos escala de abate.

Junto a isso, aconteceu a possibilidade da infecção da Vaca Louca. Todo mundo ficou endividado, a pessoa não consegue pegar dinheiro para plantar, pastar… Vamos nos bancos rurais, com os produtores precisando recuperar recursos, e não tem, são caros e com juros altos”, relata.
Solução

Guilherme ressalta que não existe apenas uma solução para colocar fim ao problema, uma vez que ele é grande e atravessa várias áreas. “Não tem uma coisa para todos. Primeiro, deveriam nos dar segurança.

Ou seja, títulos de terra e a certeza de que não haverá invasão, que o produtor vai poder colher o que ele plantou. A segunda, é crédito para esse trabalhador.

Teria que ter, nesse momento, uma linha de crédito para ele se segurar. A terceira, envolve atingir as causas macro, como a questão da logística. No interior, continuamos com péssimas estradas, praticamente ninguém consegue trafegar”, afirma.

Outra atuação importante que o diretor da Faepa lista é a capacitação. “Temos um problema no nosso estado que é típico. Estamos trabalhando para a capacitação também. O meio rural ficou mais exigente. Tem GPS, drone… Coisas que existem estudos. Precisamos ser remunerados pelo que produzimos”, finaliza.

Publicado Por:Jornal Folha do Progresso em 24/03/2023/09:01:22 com informações de Camila Azevedo.

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