Seca histórica do rio Madeira: peixes precisam buscar ‘rota de fuga’ para sobreviver, aponta pesquisadora

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Seca do rio Madeira 2023 — Foto: Thiago Frota / Rede Amazônica

Rio Madeira abriga 40% de todas as espécies de peixes da bacia amazônica. Níveis abaixo do normal podem dificultar o ciclo de vida da biodiversidade aquática.

A seca histórica do rio Madeira tem gerados consequências severas para a população: milhares de pessoas sem água, como exemplo. Já os peixes, que vivem no rio, precisam mudar seu ciclo e buscar “rotas de fuga” para sobreviver.

De acordo com a bióloga e doutora na Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Carolina Dória, na bacia do Madeira existem áreas com diferentes profundidades. Por conta disso, os peixes tendem a procurar locais mais profundos no período de seca com o objetivo de manter o ciclo de vida.

O Rio Madeira abriga 40% de todas as espécies de peixes da bacia amazônica — são mais de 1,2 mil. Todos os rios de Rondônia, em algum momento, desaguam no Madeira. A manutenção da saúde desse rio é vital para a preservação de toda a bacia Amazônica.

A mudança de “rota”, durante o período da seca, pode causar a morte das espécies e dificultar a pesca local. De acordo com Carolina, quando a seca atinge níveis críticos, pode ocorrer a extinção das áreas mais profundas dos rios e os peixes ficam “encalhados”, como registrado em vários municípios do Amazonas nas últimas semanas.

Peixes morrem no Lago do Piranha em Manacapuru durante seca no Amazonas — Foto: Rede Amazônica
Peixes morrem no Lago do Piranha em Manacapuru durante seca no Amazonas — Foto: Rede Amazônica

Por que isso acontece?

Devido à falta de oxigênio nos igarapés e às altas temperaturas, muitas espécies aquáticas acabam morrendo.

As ondas de calor que afetam a região Norte do país durante este período podem elevar a temperatura da água. Conforme a pesquisadora, os peixes têm dificuldade em suportar temperaturas superiores a 30°C. Isso compromete a capacidade das espécies em regular a temperatura corporal e, consequentemente, afeta seus processos fisiológicos.

“Em período normais, a primeira camada da água tende a ser mais quente, mas no fundo do rio, ela fica mais fria. Porém com uma profundidade menor, a tendência é que todo o compartimento aquático fique superaquecida”, explica a bióloga.

De acordo com a professora, esses fenômenos comprometem também a captura dessas espécies, já que muitas não conseguem migrar para áreas com maior quantidade de água. As consequências disso são: escassez de peixes em algumas regiões e diminuição na quantidade de biomassa disponível para a pesca.

 

Fonte:Emily Costa, g1 RO /e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 11/10/2023/14:36:52

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