Documentos apreendidos reforçam suspeita contra Cunha

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Acusado de entregar propina prestou serviços a concessionária no Rio, mostram notas.

Documentos achados pela Operação Lava-Jato na casa de Altair Alves Pinto, apontado como braço-direito do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), revelam que duas empresas de sua família forneceram mármores para a concessionária Porto Novo, responsável pela execução do projeto de revitalização do porto do Rio. A descoberta reforça as suspeitas da ligação de Cunha com o empreendimento.

Investigações em andamento indicam que o deputado fluminense teria cobrado propina, em 36 prestações, para liberar financiamento da Caixa Econômica Federal para as obras, executadas pelo consórcio composto por OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia.

No cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de Altair, na terça-feira, na fase Catilinárias, equipe da Lava-Jato encontrou dois pedidos de fornecimento de mármore feitos pela Porto Novo. O primeiro, no valor de R$ 91 mil, é endereçado à Guarujá Mármores e Granitos. A empresa pertence a Marilene Porcari Alves e a Danielle Porcari Alves, respectivamente mulher e filha de Altair.

O segundo, em torno de R$ 500 mil, foi feito à APMP Exploração, Beneficiamento, Venda, Exportação e Importação de Rochas, nome de fantasia Indústria Aladim, cujos sócios são o próprio Altair e outra filha, Camille Porcari Alves. As duas empresas funcionam no mesmo endereço, na Fazenda Portal do Guaruja s/n, Muqui, município capixaba a 174 quilômetros de Vitória.

Os responsáveis pela busca encontraram os papéis na Rua Conselheiro Olegário, no Maracanã. De acordo com o cadastro da Receita Federal, a Guarujá faz “aparelhamento de placas e execução de trabalhos em mármore, granito, ardósia e outras pedras”. Na Junta Comercial do Rio, também constam em nome de Altair as empresas APMP Assessoria, Promoções e Representações, APMP Construtora e APMP Promoções, Vendas e Representações.

Na mesma fase Catilinárias, outra equipe encontrou dentro da casa de Cunha, na Barra da Tijuca, um táxi de Nilópolis placa LSM 1530. O carro, um Touareg modelo 2014, está registrado em nome de Altair.

BAIANO: ALTAIR É OPERADOR DE CUNHA

As investigações da Lava-Jato tiraram Altair da sombra. Apontado na delação premiada do lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, como a pessoa indicada por Cunha para receber o dinheiro da propina de contratos da Petrobras, Altair Alves Pinto, de 67 anos, seria o principal operador do deputado no pagamento e distribuição de dinheiro do presidente da Câmara a parlamentares.

Em delação, Baiano disse que entregou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão em espécie no escritório de Cunha, no Centro do Rio, em outubro de 2011, a um homem identificado por ele como Altair. O dinheiro seria parte de propina de US$ 40 milhões que Julio Camargo, outro delator, confessou ter pago a Cunha e a outros investigados em troca da compra de dois navios-sondas da Samsung Heavy Industries pela Petrobras.

Altair estava lotado no gabinete do deputado estadual do Rio, Fábio Silva (PMDB), aliado de Cunha, com um salário líquido de R$ 7,5 mil por mês. Ele foi nomeado, em 12 de fevereiro de 2003, como consultor Especial para Assuntos Parlamentares. Antes de assumir o posto, ele trabalhou no gabinete do próprio Cunha na Assembleia Legislativa na época em que o peemedebista era deputado estadual. Entre junho de 2014 e outubro deste ano, Danielle, sua filha, foi assessora política do Gabinete Civil da Prefeitura Carioca, ganhando R$ 1,3 mil mensais. Foi exonerada assim que o nome do seu pai apareceu nas investigações.

UMA ENTRE VÁRIAS EMPRESAS, DIZ NOTA

Em nota, a concessionária informou ao GLOBO que “as obras do Porto Maravilha demandam a utilização de diversos tipos e dimensões de granito, para serem aplicados em diferentes finalidades (ex.: piso, meio fio etc.)”. A empresa citada, segundo a nota, é uma dentre as várias fornecedoras de granito das obras do porto, tendo iniciado o fornecimento em novembro de 2014. “A quantidade total de granito fornecida pela empresa citada corresponde a aproximadamente 10% do valor total de granito adquirido até o momento pela concessionária para as obras do Porto Maravilha. O valor dos diversos fornecimentos efetuados por essa empresa até esta data corresponde a cerca de R$ 2 milhões”, informou. A nota informou ainda: “Vale ressaltar que todos os pedidos de fornecimento realizados pela concessionária são precedidos de, no mínimo, três cotações formais de preço que são avaliadas e selecionadas de acordo com critérios técnicos e comerciais”.

A concessionária informou ainda não ter conhecimento dos assuntos investigados pela Lava-Jato. “A Concessionária declara que cumpre rigorosamente com as suas obrigações legais e contratuais, na Operação Urbana Consorciada, no âmbito do Contrato de Parceria Público-Privada (PPP) firmado, exclusivamente, com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, em 2010”.

Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

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