Indicado ao Grammy Latino, cantor Pinduca revela amor fraternal pela Tuna

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Astro do carimbó é irmão de ex-craque tunante e admite saudades dos tempos de glória da Lusa

Aos 80 anos, o símbolo do carimbó e um dos ícones da música paraense, Pinduca, espera pelo retorno de um outro gigante: a Tuna Luso Brasileira. Irmão do ex-ponta esquerda da Águia Guerreira, Daniel, o cantor indicado ao Grammy Latino na categoria ‘Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras’ relembrou as histórias vividas nos bastidores do Souza e não escondeu a saudade por ver a Lusa em tempos de glórias.

Aurino Quirino Gonçalves ainda nem sonhava em ser Pinduca. Na época, ainda nas décadas de 50 e 60, o garoto de 15 anos era apenas o irmão do Daniel (à direita na foto abaixo), um dos principais jogadores daquela Tuna, que ainda tinha nomes como o zagueiro Socó, além de Biroba e China. Neste período, o time do irmão de Pinduca conquistou três dos seus dez títulos de campeão paraense, nos anos de 1951, 1955 e 1958.

‘Era um timaço e o meu irmão era o craque de todos eles. Daniel tinha um chute muito violento. Alguns goleiros até se protegiam em cobranças de pênaltis (Risos). Como eu era o irmão do craque, costumava acompanhar tudo no clube e ia para vestiário, concentração e até eventos, como as bacalhoadas, que os portugueses davam para os jogadores. Era um tempo muito bom! A Tuna era, realmente, a terceira força do Estado e fazia frente a Paysandu e Remo’, frisou.

O jeitão brincalhão do Rei do Carimbó deu lugar a um clima saudosista, com uma ponta de tristeza… Pinduca sente saudades de ver a Tuna em meio às glórias. ‘Para falar a verdade, os portugueses abandonaram o clube e a Tuna só caiu. Eu perdi a alegria de ir ao Souza. Sinto muita falta de participar e de sentir tudo aquilo que era a Tuna. Rapaz, ainda cheguei a ir aos bailes da Tuna, na sede náutica, que ficava na Cidade Velha. Era muito lindo. Todo mundo alinhado no paletó e na gravata. Pena que acabou!’, lamentou.

Neste dia 15 de outubro, a Águia Guerreira vai estrear na segunda divisão do campeonato paraense. Pinduca adiantou que tem três camisas da Lusa guardadas. ‘São lindas as minhas camisas da Tuna. Vez por outra, uso para passear. Dificilmente vou a campo, mas é lógico que torço para que a Tuna vença e se mantenha na primeira divisão’, disparou.

Para arrematar, o irmão de Daniel abusou do humor para classificar o que significa ser tunante: ‘Antes, era a chance de ver craques como meu irmão. Hoje, é a tranquilidade de não ter problema no coração, não ter cansaço, não ter asma e nenhum tipo de problema de saúde, porque a Tuna não joga e, quando joga, ninguém fica sabendo (Risos). Mas, agora vai mudar! Vamos Tuna!’.

A Segundinha começa no dia 15 de outubro, com 14 participantes divididos em três grupos, onde os clubes jogarão entre si para definir os classificados às quartas de finais. A partir de então, os jogos serão eliminatórios para as semifinais e para as finais. Os dois melhores estarão garantidos na elite do Parazão 2018.

Fonte: ORMNews.
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