Mais de 500 quelônios são devolvidos à natureza no interior do Pará

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Foto: Reprodução | A soltura dos quelônios é resultado de um processo minucioso que dura cerca de três meses, desde a coleta dos ovos até a eclosão e o retorno dos filhotes ao habitat natural.

A comunidade Monte Sião, localizada na Floresta Estadual (Flota) de Faro, no oeste paraense, celebrou a soltura de 510 quelônios de quatro espécies nativas da Amazônia: tracajá, calalumã, acassu e tartaruga-da-amazônia. A ação, que ocorre há 2 anos na região, integra os esforços do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) para a preservação da fauna local.

A soltura dos quelônios ocorreu no último final de semana e é resultado de um processo minucioso que dura cerca de três meses, desde a coleta dos ovos até a eclosão e o retorno dos filhotes ao habitat natural. Essa estratégia é para aumentar a taxa de sobrevivência das espécies, reduzindo os impactos da predação e da ação humana. “O compromisso com a conservação da biodiversidade amazônica é uma prioridade para o Ideflor-Bio. Iniciativas como essa reforçam o envolvimento das comunidades na gestão das Unidades de Conservação (UCs), garantindo um futuro sustentável para a fauna da região”, afirmou o presidente do Instituto, Nilson Pinto.

Cooperação – A iniciativa é apoiada pela Associação dos Moradores Tradicionais da Floresta Estadual de Faro (Amoflota), que desempenha um papel fundamental na execução do projeto. Joerison Nunes, representante da diretoria da associação, destacou a importância da parceria com o Ideflor-Bio. “Esse projeto nasceu da necessidade de ampliar a conservação dos quelônios dentro da Flota de Faro, que é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável. O Instituto tem sido um dos nossos principais aliados, fornecendo apoio técnico e garantindo que essa ação se consolide junto às comunidades”, explicou.

A preservação dos quelônios reflete a conscientização dos moradores locais sobre a importância do equilíbrio ambiental. Henrique, morador de Monte Sião e participante ativo da soltura, ressaltou que, há alguns anos, a comunidade enfrentava dificuldades devido à captura indiscriminada dos animais. “Muitas pessoas de fora vinham para levar os quelônios, e a gente começou a sentir falta da fartura que havia antes. Criamos então essa iniciativa para proteger os ovos e garantir a reprodução das espécies. Hoje, já conseguimos aumentar o número de filhotes soltos a cada ano, e esperamos dobrar essa quantidade no futuro”, afirmou.

Ecoturismo – Além da conservação ambiental, a ação impacta o turismo sustentável da região. Deoclécio Júnior, técnico de planejamento e gestão em turismo do Ideflor-Bio, ressaltou o papel das comunidades na gestão do território. “A verdadeira defesa do meio ambiente acontece por meio das pessoas que vivem aqui e cuidam desse lugar. Nosso papel como gestores é apoiar essas iniciativas e fortalecer a participação comunitária na proteção da floresta”, disse o especialista.

A Flota de Faro é uma das 29 UCs geridas pelo Ideflor-Bio no Pará e se destaca como um exemplo de gestão compartilhada entre o poder público e as populações tradicionais. O diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, reforçou o impacto da ação.

“Essa soltura representa mais do que a preservação dos quelônios; ela simboliza a resistência das comunidades e a sua conexão com a floresta. O trabalho conjunto entre órgãos ambientais e moradores é essencial para garantir que a biodiversidade amazônica continue viva para as futuras gerações”, destacou.

A expectativa é que a iniciativa se fortaleça, cada vez mais, e envolva um número maior de comunidades da Flota de Faro. A cada nova soltura, os moradores reafirmam o compromisso com a conservação e a sustentabilidade, garantindo que a Amazônia continue a ser um dos maiores patrimônios naturais do planeta.

Fonte: Agência Pará  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 11/03/2025/08:15:44

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