Pesquisas revelam efeitos de antenas de celular na saúde

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Foto: Reprodução | Estudos de mais de 30 anos indicam riscos mínimos à saúde humana, mas comunidade científica recomenda monitoramento contínuo dos efeitos a longo prazo

Apresença constante de antenas de telefonia móvel no cenário urbano continua a gerar dúvidas sobre possíveis riscos à saúde relacionados à exposição à radiação eletromagnética, principalmente quanto ao potencial desenvolvimento de câncer.

Estas preocupações motivaram décadas de investigação científica, com resultados que apontam para impactos extremamente reduzidos ou imperceptíveis.

As estruturas de telecomunicação, instaladas em bases de 15 a 60 metros de altura, oferecem um isolamento considerado suficiente para minimizar qualquer risco potencial.

De acordo com o professor de engenharia elétrica da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Edson Watanabe, as alturas atuais das instalações garantem a segurança das antenas.

“Distâncias da ordem de alguns metros são consideradas seguras e os campos eletromagnéticos não fariam mal às pessoas. Espaços muito menores, por exemplo, um metro ou menos, não são recomendáveis, mas ainda não há casos comprovados de problemas de saúde causados por antenas”, afirma o especialista.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) implementou, em janeiro de 2024, normas atualizadas para assegurar que a população mantenha distância segura das antenas, eliminando qualquer possibilidade de efeito físico.

A agência enfatiza que estas estruturas são protegidas por cercas ou posicionadas em locais inacessíveis, o que reduz consideravelmente a exposição aos campos eletromagnéticos.

Radiação não ionizante: entenda o tipo de emissão das antenas

Os dispositivos móveis e suas respectivas antenas emitem campos eletromagnéticos com efeitos de radiação não ionizante, semelhantes aos encontrados em equipamentos como rádios, micro-ondas e aparelhos conectados via Wi-Fi.

“O Wi-Fi que usamos em casa também tem operação similar e pouco se fala dele como causador de problemas de saúde por indução eletromagnética. A potência é um pouco menor que a do celular, mas eu mesmo trabalho a menos de um metro do roteador Wi-Fi. Nunca tive problema de saúde que pudesse culpar o aparelho”, explica o professor Watanabe.

Sintomas relatados carecem de evidências científicas

Relatos de sensibilidade a campos eletromagnéticos não encontram respaldo consistente na literatura científica. Contudo, instituições como a American Cancer Society mantêm cautela ao evitar afirmações definitivas sobre a ausência total de riscos.

Segundo a entidade, o uso massivo deste tipo de radiofrequência é relativamente recente na história humana, e efeitos potenciais podem demorar a se manifestar. Por esta razão, a sociedade considera necessárias mais pesquisas de longo prazo antes de conclusões definitivas.

“No momento, não há evidências sólidas de que a exposição a ondas de torres de celular cause quaisquer efeitos perceptíveis à saúde. A maioria das organizações especializadas concorda que mais pesquisas são necessárias para ajudar a esclarecer essa questão, especialmente no que diz respeito a possíveis efeitos a longo prazo, mas as emissões de radiofrequência de antenas resultam em níveis de exposição em solo que costumam ser milhares de vezes inferiores aos limites de segurança”, esclarece a ACS.

Pesquisas internacionais reforçam segurança das antenas

Um relatório divulgado em 2023 pelo Comitê Científico Assessor em Radiofrequências e Saúde da Espanha também descarta problemas de saúde associados à exposição a antenas. O documento sugere que sintomas como dores de cabeça ou insônia podem estar relacionados a fatores psicológicos derivados do medo de aproximação, caracterizando o efeito nocebo.

As investigações também não comprovam influência dessas radiações sobre a fertilidade, o desenvolvimento fetal ou a saúde infantil. Análises conduzidas por organizações internacionais não identificaram impactos consistentes nos padrões de sono.

O radiologista Alberto Nájera López, professor de medicina radiológica, oferece uma perspectiva tranquilizadora após duas décadas de pesquisas: “Analisamos há 20 anos o perigo da radiofrequência e mesmo com tecnologias mais modernas, como da implantação do 5G, os níveis de radiação não aumentaram significativamente, pelo menos por enquanto. Os estudos que incutiram este medo na população foram muitas vezes realizados em laboratórios em condições que levaram a resultados contraditórios. O que sabemos é que, em condições normais, não há evidências de que essas radiações tenham efeitos sobre a saúde humana”.

Fonte: Metrópoles / Jornal Folha do Progresso Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 05/05/2025/13:34:26

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