Quem matou e quem mandou matar Aluisio Sampaio[Alenquer]?

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Vídeo deixado pelos sindicalista está sendo ignorado pela investigação (Foto:Reprodução Youtube)- – O líder do movimento dos sem-terra, Aluisio Sampaio, conhecido como Alenquer, foi assassinado na última quinta-feira, 11 de outubro, em sua casa em Castelo de Sonhos, município de Altamira (Pará). Localizada ao lado da rodovia BR-163, que liga o Mato Grosso ao Pará, sua casa também funcionava como a sede do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar.

A POLICIA ainda não apontou quem são os mandantes (e) do assassinato do Sindicalista , nem o porque ignorou o vídeo deixado com nome de pessoas com interesse na morte de Alenquer.

Alenquer foi brutalmente assassinado, antes de morrer apontou nomes de pessoas que poderia interessar na morte dele – todos relacionados à disputa por terras. Dos acusados um ex-prefeito Neri Prazeres como principal interessado, outro o Presidente dos Produtores Rurais Agamenom Meneses e o sindicalista do (Sintraff) conhecido popularmente como Seu Dico ou Dico do Sintraff. A policia afirma que nenhum deles está sendo investigado, e ainda não apontou quem matou ou mandou matar o sindicalista.

Alenquer deixou um vídeo onde segundo ele já tinha sofrido ameaças de fazendeiros e foi acusado de grileiro de terra.

Alenquer (à esquerda) com camponeses no assentamento “KM Mil”. Logo após essa foto ter sido tirada, bandidos armados invadiram o acampamento, dizendo aos sem-terra que se não desistissem da reivindicação à terra, as ameaças logo se transformariam em violência. (Foto: Thais Borges).
Alenquer (à esquerda) com camponeses no assentamento “KM Mil”. Logo após essa foto ter sido tirada, bandidos armados invadiram o acampamento, dizendo aos sem-terra que se não desistissem da reivindicação à terra, as ameaças logo se transformariam em violência. (Foto: Thais Borges).

A morte do sindicalista é investigada pela equipe do Delegado Thiago Mendes Sousa, superintendente da polícia civil de Itaituba (PA).

O assassinato do sindicalista Aluisio Sampaio (Alenquer) , em Castelo de Sonhos, no município de Altamira sudoeste do Pará, completa 10 dias deste domingo 21 de Outubro, sem que nenhum suspeito tenha sido apontado. Para pedir celeridade nas investigações, amigos da vitima  e sindicalista informaram ao Jornal Folha do Progresso , que estão programando uma manifestação para esta semana em Castelo de Sonhos. “O espírito de luta dele está entre nós”. “Medo, a gente sempre tem, mas a luta não pode parar.”

“Eles podem me matar a qualquer instante, mas vão se arrepender para sempre porque, me matando, vêm outros”, expressou em vídeo antes de morrer.

Os  tiros que mataram Alenquer podem ter vindo da disputa por posse de terras, na região. O crime espalhou medo em outros colegas e revelou a existência de uma lista de outros  alvos marcados para morrer – o sindicalista era o primeiro nome na lista. Ele usava colete à prova de balas por conta das ameaças recebidas  depois de ser registrado em um programa de proteção do governo. Mas não tinha muito o que ele pudesse fazer para se salvar desse último ataque fatal: foi atingido com oito tiros na cabeça.

Investigação

A investigação do delegado Thiago Mendes Sousa prendeu provisoriamente um empresário em Novo Progresso,  que já foi solto por falta de provas. A Policia Militar no dia do crime prendeu um suspeito [motorista], ele foi contratado para dirigir o veiculo até o local do crime e dar fuga aos matadores de Alenquer, ele foi identificado sendo João Paulo Ferrari. Em depoimento, João Paulo Ferrari confessou que foi contratado para dirigir o carro em que estavam os dois executores do crime. Ele relatou que um dos acusados tem o prenome “Fernando” e que o outro era um desconhecido. Questionado sobre quem seria o mandante do crime, João Paulo contou que os atiradores comentaram dentro do veículo que o “acerto de contas” era referente a uma dívida que a vítima tinha com terceiros, conhecidos como “Polaco” e Pablo. O acusado disse ainda que os envolvidos receberiam R$ 25 mil como pagamento pelo crime. Ele próprio já tinha recebido R$ 1,5 mil e que receberia mais R$ 1,5 mil quando chegasse ao município de Novo Progresso. O homem identificado como Márcio José Nunes de Siqueira, de apelido “Polaco”, morreu em troca de tiros com a polícia na manhã de sábado (13) após  as polícias civil e militar realizarem uma operação conjunta, deslocando-se até uma fazenda, onde foram recebidos a balas, para prender Marcio Siqueira e seu irmão Vando Siqueira. O primeiro foi baleado e morreu no local, o segundo conseguiu fugir mata adentro.

Conforme o superintendente Thiago Mendes Sousa, divulgou para imprensa (Repórter Brasil),  a polícia emitiu mais dois mandados de prisão para membros de uma gangue criminosa que “invadiu terras e matou pessoas de bem”, mas os nomes são mantidos em sigilo para não atrapalhar seu cumprimento. O objetivo do ataque-surpresa, comentou, era “pôr um fim a esses crimes e impedir a grilagem de terras que está ocorrendo ao longo da BR-163”. A investigação do assassinato está em andamento.

Prisão

Foi preso duas pessoas ; Julio Cesar Dal Magro, conhecido como Julio da Guara, proprietário da empresa Guara Agro-serviços, ele foi acusado de estar por trás do assassinato e João Paulo Ferrari, motorista dos supostos assassinos. Julio Cesar foi solto nesta sexta-feira(20), por falta de provas e deve ser inocentado das acusações.

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Sindicalista

Aluisio Sampaio, sindicalista [Alenquer,] líder da ocupação camponesa dos sem-terra “KM Mil”, foi assassinado em 11 de outubro. (Foto de Thais Borges).
Aluisio Sampaio, sindicalista [Alenquer,] líder da ocupação dos sem-terra “KM Mil”, foi assassinado em 11 de outubro. (Foto de Thais Borges).

Aluisio Sampaio, um sindicalista conhecido como Alenquer, líder da ocupação camponesa dos sem-terra “KM Mil”, foi assassinado em 11 de outubro. (Foto de Thais Borges).

O trabalho de Alenquer era ajudar as famílias sem-terra a ocupar e permanecer em terrenos às margens da rodovia BR-163 – uma área prioritariamente destinada pelo governo federal para realizar a reforma agrária, mas também reivindicada por posseiros que mantinham as posses antes da criação do assentamento na região.

 

Alenquer liderava uma ocupação próximo ao distrito de Vila Isol,  comunidade – chamada “KM Mil”, devido à sua localização próxima ao quilômetro mil da rodovia – sabiam do risco de violência a que estavam sujeitas, mas tinham esperança de que conseguiriam se estabelecer nessas terras, que viam como o único caminho para sair da pobreza extrema.

A essa altura, Alenquer recebia regularmente ameaças de morte e sentia que poderia ser morto a qualquer momento. Ele nos disse que Agamenon Menezes, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso,Seu Dico do Sutntraf e Neri Prazeres, ex-prefeito de Novo Progresso, queriam matá-lo.

Vídeo

Ex-prefeito Neri Prazeres acudado pro Alenquer em vídeo de ser o cabeça em querer sua morte. (Foto:Reprodução)
Ex-prefeito Neri Prazeres acusado  em vídeo de ser o cabeça em querer morte de Alenquer. (Foto:Reprodução)

Em vídeo publicado no Youtube e divulgado nas redes sociais, Alenquer acusou o ex-prefeito Neri Prazeres como cabeça, chamou de bandido “Eles são Bandidos”, Agamenom Menezes e Seu Dico também foram acusados de  querer sua morte.

Segundo a polícia, nenhum dos três está sendo investigado pelo assassinato.

Alenquer também disse que não tinha medo e que continuaria com seu trabalho. “Eles podem me matar a qualquer instante, mas vão se arrepender para sempre porque, me matando, vêm outros”, expressou.

Acusados

Procurados pela reportagem do Jornal Folha do Progresso, o Sindicalista Seu Dico disse que no momento que Alenquer divulgou o vídeo em 2016,  ele tomou providência junto a policia. Agamenom Menezes disse que “é de praxe todas as pessoas que cometem delitos, acharem que as pessoas querem assassina lo, fazendo acusações com intuito de precaverem. As pessoas que acusou, estar envolvidas não tem essa índole de resolverem as coisas com assassinato, como quem não deve não teme, estamos tranquilos esperando que as autoridades apurem os fatos e acabem em punir os culpados. Neri Prazeres, não respondeu ao envio de mensagem no whtasapp,(93) 9227 68…

Assista ao Vídeo;

 

 

Por:Adecio Piran Para Jornal Folha do Progresso

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