RAPIDINHA SOBRE O RAMBO DO PARÁ

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O Rambo do Pará, chegou em Castelo de Sonhos em Julho de 1987.  – (Foto:Reprodução)

Marcio Martins chegou em Castelo de Sonhos (vindo de Goiânia) com apenas 22 anos de idade, trabalhou como ajudante de carga na movimentada pista de voos que mantinha os garimpos na região de Castelo de Sonhos.  Com sua simpatia e trabalhador que era, fez muitas amizades. Aprendeu a pilotar nos voos que fazia com pilotos na amizade,  em menos de um ano tinha adquirido um avião em sociedade com um amigo e abriu uma agência de voos.

Hospedado na casa do saudoso Leo Heck , um dos fundadores de Castelo de Sonhos, em pouco tempo teve demanda judicial com seu amigo Leo Heck, onde tentou tomar uma área de garimpo.  Marcio tentou tomar uma área garimpeira do amigo na Justiça, mas perdeu a causa e acabou algemado e arrastado pela rua principal de Castelo de Sonhos por Léo Heck. Ele, então, embarcou no pequeno avião e foi para a capital Belém.

“Algum tempo depois, ele retornou, chegando ao Garimpo Esperança IV a bordo de um helicóptero e disparando duas submetralhadoras americanas Ingram, assim nascia o Rambo do Pará e o jovem piloto dava início à sua nova história”.

Rambo exigiu tributo de cada dono de draga do garimpo, criou uma mineradora, uma empresa de aviação, lojas para garimpeiros, postos de gasolina, comércio de botijão de gás, negociando tudo a partir de gramas de ouro e conquistando lucros absurdos com todos os serviços que oferecia. O óleo diesel era revendido na região ao preço 130% maior do que o valor cobrado em grandes cidades, o que lhe rendia 5,5 kg/ouro/mês. A hora de voo era de 25 gramas/ouro, mas Márcio cobrava 80 gramas. Se no vilarejo de Castelo dos Sonhos um botijão de gás custava o equivalente a 0,6 grama de ouro, na mão de Márcio Martins, valia 3 gramas.

“Em três anos, o Rambo do Pará construiu um patrimônio invejável, além das centenas de quilos de ouro  , dominou a região garimpeira do Nortão do Matogrosso e no Pará, neste meio tempo tornou-se proprietário no ramo de distribuição de combustível com mais de 20 caminhões  tanques , era o líder de vendas da Shell, montou uma base própria com pista de voo em Novo Progresso e Castelo de Sonhos onde mantinha no local uma  guarita com tambores na rodovia BR-163 na entrada da vicinal que dava acesso ao garimpo na esperança IV, próximo ao distrito de Castelo de Sonhos, onde controlava quem entrava e saia pela rodovia (sem pavimentação).  Dono de mais de 20 aeronaves incluindo um Bi Motor dominou o transporte aéreo na região garimpeira. Márcio tinha um helicóptero de uso exclusivo, onde comandava as ações para se manter seguro em seus garimpos ameaçados. Audacioso e influente, teve acesso ao Governo Estadual, na época Jader Barbalho do Pará, e ao governo de Rondônia. Já batizado com o nome de RAMBO DO PARÁ, ficou conhecido no Brasil inteiro, andava com proteção Policial, em suas viagens a Belém (capital), retornava com 15 e/ou 20 policiais militares que ficavam em seu comando, ele controlava a troca de tempo em tempo deste contingente, além de contar com 60 homens armados que controlavam em torno de 2.000 garimpeiros”.

 Afirmações que ele invadia garimpos de ouro e quando os garimpeiros revidaram para permanecer ele com seus jagunços faziam a desocupação à força, com relatos de muitas mortes.  Marcio Martins construiu um império em quatro anos , expandiu seus negócios em fazendas de gado e quando o garimpo fracassou entrou para tráfico de droga, segundo a investigação da PF na época ele tinha iniciado uma refinaria dentro da floresta (saiu no Fantástico na Rede Globo). O Gigante destemido RAMBO DO PARÁ, invadiu um garimpo entre o município  de Novo Progresso (PA) com o Município de Alta Floresta (MT), nesta ocasião houve confronto e registro de mortes, incluindo uma mulher gestante e criança, data que coincidiu com a visita do Presidente da República Fernando Collor de Mello no município de Alta Floresta que tomou conhecimento do caso; poucos dias após houve uma operação da Policia Militar do Pará e tomou conta da base do Rambo em Castelo de Sonhos, e o fim dele com a morte.

Após se envolver com o tráfico de drogas, mandar assassinar políticos de Rondônia e Pará, Marcio Martins, o Rambo, foi morto em uma mega operação da Polícia Militar do Pará, em operação arriscada e sigilosa.Márcio Martins o Rambo foi morto em 9 de janeiro de 1992 aos 26 anos.

Seus últimos instantes de vida foram assim: cercado pela PM, Rambo se escondeu em uma parede camuflada de sua base na fazenda,em Castelo de Sonhos no Pará. Mas após 18 horas imóvel em um cubículo, a porta falsa do seu esconderijo se abriu e dela emergiu um rapaz com os membros adormecidos pela imobilidade de uma noite inteira escondido. Ao virar os olhos pela sala, o temível “Rambo” levou um tiro de fuzil no rosto, e enquanto seu corpo caía, outro tiro acertou seu coração. Antes de tocar o solo, dezenas de gramas de chumbo acabaram dilacerando seu corpo. O aparelho de Segurança Pública cumprira a missão. Pará e Mato Grosso estavam pacificados.

Fonte: Jornal Folha do Progresso  e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 16/07/2024/07:40:53

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