Senadores coletam assinatura para protocolar pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

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(Foto: Reprodução)- A informação foi confirmada pela senadora Damares Alves.

A senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos) informou que senadores alinhados ao bolsonarismo estão coletando assinaturas, desde a noite da última terça-feira (13), com o intuito de protocolar um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em entrevista à CNN, a parlamentar disse que “tem mais de uma dezena de senadores que já manifestaram interesse em assinar”. Ainda segundo Damares, o documento deve ser protocolado nesta quarta-feira (14). A alegação do grupo será baseada nas informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo” de que o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido demandado de forma não oficial pelo gabinete de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante e após as eleições de 2022.

Segundo o material, o jornal teve acesso a 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes. Entre eles o seu principal assessor no STF, Airton Vieira, que ainda ocupa o posto de juiz instrutor.

“Se 5% do que foi divulgado hoje for verdade, espero que o ministro ainda durante noite ou madrugada, coloque a cabeça no travesseiro, reflita bastante e no raiar do dia apresente o pedido de renúncia”, disse Damares. “Vai ser mais fácil para todo mundo. É o mínino que ele poderia fazer agora pela garantia de nossa democracia”, completou a senadora.

De acordo com o que prevê a Constituição Federal, o Senado é o responsável por processar e julgar pedidos de impeachment de ministros do STF.

No pedido devem constar as seguintes justificativas:

– Violações de direitos constitucionais e humanos;

– Violações ao devido processo legal e o sistema acusatório;

– Abusos de poder;

– Prevaricação na situação que desencadeou a morte de Clezão;

– Desrespeito ao Código de Processo Penal com a utilização da prisão preventiva como meio constrangimento para obtenção de delações premiadas;

– Desconsiderar pareceres do PGR no sentido da concessão da liberdade de aprisionados do dia 08/01;

– Violação das prerrogativas dos advogados;

– Não concessão de prisão domiciliar ou liberdade provisória para pessoas com problemas de saúde graves;

– Dilatação das prisões preventivas sem a apresentação da denúncia pelo MPF;

– Violação de direitos políticos de parlamentares no exercício das suas funções.

Fonte: Folha de S.Paulo e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 14/08/2024/08:49:38

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