Sobrevivente que não sabe nadar conta como conseguiu se salvar de naufrágio

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Sobreviventes do naufrágio de uma embarcação próximo à Ilha de Itaparica, na Bahia, relataram momentos de desespero enquanto o barco – que transportava mais de 120 pessoas – afundava na manhã desta quinta-feira, 24. Pelo menos 18 pessoas morreram – entre elas um bebê de cerca de um ano.

Dentre as histórias de superação, uma chama atenção: a  da administradora de empresas Meire Reis, de 53 anos, que não sabe nadar, mas conseguiu se salvar.

Meire havia assistido, na noite anterior, às notícias do naufrágio no Pará, que deixou ao menos 21 mortos na madrugada desta quarta. “Eu conversei com meu marido ainda ontem (quarta) à noite sobre o acidente com o barco no Pará. Estava triste e ele me falou que na hora do desastre é bom mergulhar e ir para longe”, contou ela, que mora na Ilha de Vera Cruz e trabalha em Salvador. “Pego a barca diariamente. Parece que pressentia algo ruim.”

A dica do marido e a conversa na noite anterior salvaram a vida de Meire. Como de costume, estava no atracadouro da Ilha de Vera Cruz para seguir viagem a Salvador. A embarcação, que estava programada para sair no horário, era a Cavalo Marinho I.

“Não quis chegar atrasada ao trabalho e entrei. Mas pensei em desistir. É uma embarcação antiga, a menor delas. Roda há pelo menos uns 40 anos. Já lançaram a Cavalo Marinho II, III com capacidade maior. Esta só pega 129 pessoas mais a tripulação com quatro.”

Ela recorda que o desespero foi grande na hora do acidente. “Chovia e ventava, então todos os passageiros resolveram ir para o lado oposto à chuva. O lado esquerdo ficou sem peso, por isso o barco virou.”

No instante em que o barco virou, ela diz que olhou para o teto a fim de pegar os coletes que estavam amarrados e com um nó difícil de desfazer. Meire não sabe nadar. Então, a administradora bateu com a cabeça no teto do barco e as pessoas começaram a cair umas por cima das outras.

“Foi um desespero total. Imagina, no mar e eu não sei nadar. Lembrei da conversa com meu marido e mergulhei e fui me distanciado do local onde havia desespero. Nisso, me deparei com um bote e me segurei nele. O socorro demorou a chegar. Eu olhava e via muitos corpos no mar. Tinha criança lá. Que tragédia.”

Meire foi salva por um voluntário que andava de lancha nas proximidades. “O socorro oficial chegou duas horas depois. Essa lancha ainda resgatou uma criança de um ano. Mas não sobreviveu pelo que soubemos.”

Fonte: DOL.
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