Vice-governador, ex-prefeito, ex-servidores públicos e empresários são alvos de operação da PF

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Em coletiva, PF, CGU e Receita Federal apontam que doze empresas de fachada foram responsáveis por um desvio de R$ 39 milhões

Os 14 mandados de prisão — dez preventivas e quatro temporárias —, expedidos na Operação Vissaium, deflagrada nesta quinta-feira (12), alcançaram empresários, ex-servidores públicos e um ex-prefeito. As informações foram apresentadas durante uma coletiva de imprensa na sede da Polícia Federal (PF) no Pará, em Belém.

Não foram revelados os nomes dos investigados, com o objetivo de não atrapalhar as investigações, que ainda estão em andamento. Durante a coletiva, após questionamentos sobre o envolvimento do vice-governador do Estado do Pará, Lúcio Vale, confirmou-se que ele foi alvo de mandado de busca e apreensão, e não de prisão.

A reportagem entrou em contato, por telefone, com a assessoria de imprensa do vice-governador, que afirmou que Lúcio Vale não daria entrevistas e que se manifestaria sobre o caso nas redes sociais — o que não ocorreu até a publicação desta matéria.

Já o Governo do Pará, por meio de sua agência de notícias, informou em nota que “os supostos fatos investigados teriam ocorrido entre 2010 e 2017, portanto antes do início do governo e sem relação com a vice-governadoria” e afirmou que “o Governo do Estado tem plena confiança no esclarecimento dos fatos e na Justiça.”

Ao todo, a Operação Vissaium investigou 12 empresas de fachada, que participavam de certames licitatórios. As irregularidades começavam desde a criação dessas empresas até a simulação de entrega das mercadorias.

A coletiva contou com a presença dos delegados da Polícia Federal, Bruno Benassuly Maués Pereira e Claudia Braga Leitão; do diretor de Operações Especiais da Controladoria Geral da União (CGU), José Reis Carvalho; e do superintendente da Receita Federal do Brasil (RFB) na 2° Região Fiscal (RF2), Omar de Souza Rubim Filho.

FRAUDES EM LICITAÇÃO

Os três órgãos — PF, CGU e RFB — apontam um desvio na ordem de R$ 39 milhões por meio de fraudes em licitação, principalmente na compra de merenda escolar, no período de 2010 a 2017, em dez prefeituras do Pará.

Foi identificada a participação de quatro núcleos no esquema: um político, com a participação de um “partido de grande expressão nacional”, mas que não teve o nome revelado; um de servidores; outro de empresários; e um de pessoas físicas, responsável pela lavagem do dinheiro.

Participam da operação 158 policiais federais, além de auditores da Controladoria-Geral da União e Receita Federal. As medidas judiciais estão em andamento nos municípios de Belém, Capanema, Peixe-Boi, Cachoeira do Piriá, Bragança e Garrafão do Norte.

Por:O Liberal/Keila Ferreira
12.12.19 17h57
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