“Violência não se combate só com repressão”, diz secretário de Segurança do Pará

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Secretário de Segurança Pública do Estado do Pará, Ualame Machado (Foto:Reprodução/Oliberal.com)

Como reverter os altos índices de criminalidade no Pará? Especialistas concordam que o problema não é apenas caso de polícia. Atual governo aposta no projeto “Territórios pela Paz”
O que fazer para frear a escalada da violência nas cidades paraenses, especialmente na Região Metropolitana de Belém? Essa pergunta vem sendo repetida exaustivamente há pelo menos duas décadas. Não existe resposta pronta, mas há pelo menos um consenso entre os especialistas no assunto: apenas ações repressivas como aumento do número de policiais nas ruas não serão capazes de mudar os índices que fazem de Belém uma das cidades mais violentas do mundo.

Conselho Cidadão para a Segurança Pública, Justiça e Paz.

“A violência não se combate somente com repressão. Tem a parte de inteligência, a prevenção e ações transversais da área de cidadania”, diz o secretário de Segurança Pública do Estado do Pará, Ualame Machado.
Chacina do Guamá aumentou cobrança por políticas de segurança Chacina do Guamá aumentou cobrança por políticas de segurança (Oliberal.com)

A grande aposta do atual governo do Pará para reduzir os índices de violência está no projeto batizado de “Territórios pela Paz”. “A previsão é de que, além da segurança, cheguem, aos bairros, ações de cultura, esporte e lazer, além de trabalho emprego e renda para que as áreas de risco de Belém possam ter acesso a serviços (públicos) sem se expor à violência do dia a dia, afirma Machado.

A previsão é de que o projeto seja implantado ainda em junho. Vai atender cinco bairros de Belém (Guamá, Terra-Firme, Jurunas Cabanagem e Benguí), além do Icuí Guajará; em Ananindeua; e dos bairros São Francisco e Nova União, em Marituba.

O projeto será coordenado pela Secretaria de Cidadania e terá dois eixos centrais: segurança pública e políticas sociais. No eixo da segurança, o projeto vai reunir todos os órgãos do Sistema Estadual de Segurança Pública e Defesa Social que vai das polícias Civil e Militar, passando por Corpo de Bombeiros e Detran.

Medidas

Buscar soluções para o problema da violência há muito tem mobilizado vários setores da sociedade paraense. Em 2017, após uma análise minuciosa das chacinas registradas no Pará e no interior do Estado, a Ordem dos Advogados do Brasil Secção Pará (OAB-PA) listou 21 medidas que deveram ser implantadas para barrar a escalada da violência no Pará. As sugestões da OAB partiram de conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que, em 2015, havia investigado a atuação de grupos de extermínio – alguns com a participação de agentes de segurança – no estado. O estudo da OAB revelou que a matança tinha endereço certo: jovens, negros e pobres da periferia

Jovens, negros e pobres são as maiores vítimas das chacinas em Belém

A partir daí, as sugestões da OAB foram enviadas, ainda em 2017, ao governo do Pará, aos deputados estaduais e ao Tribunal de Justiça do Estado.
Em entrevista à Conexão AMZ, o atual secretário de Segurança Pública afirmou que conhece o documento e que algumas medidas já estão em andamento, entre elas, o fortalecimento da Ouvidoria e a criação do Disque Denúncia (181), número para que a população passe informações que podem ajudar o sistema de segurança a concluir ou iniciar investigações. Outra medida é o rigor na apuração de crimes cometidos por agentes da segurança. “Em quatro meses, mais de 20 policiais foram presos. É um número elevado, mas necessário para dar moralidade ao sistema de segurança pública do Estado “, disse.

Ouça aqui a íntegra da entrevista com o titular da Segup, Ualame Machado.

Conheça as medidas sugeridas pela OAB-PA às autoridades do Estado.

Fonte:Rita Soares | Conexão AMZ

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