Zequinha Marinho destina R$11 milhões ao Ceará e deixa Pará de fora
Emenda de Zequinha Marinho favorece o Ceará, gerando questionamentos sobre a ausência de investimentos no Pará. | Edilson Rodrigues/Agência Senado
Senador do Pará direciona verba para projeto cearense, deixando instituições locais fora dos investimentos.
Eleito para defender os interesses do estado do Pará, uma nova emenda do senador Zequinha Marinho, no valor de R$11.982.571,00, gerou questionamentos sobre as prioridades e os interesses que orientam as decisões dele no Congresso.
Anunciada em maio de 2024, a emenda de quase R$12 milhões foi inteiramente destinada ao Instituto Federal do Ceará (IFCE), enquanto nenhum instituto ou universidade do Pará recebeu recursos semelhantes. Nem a Universidade Federal do Pará (UFPA), a Universidade do Estado do Pará (UEPA), o Instituto Federal do Pará (IFPA) ou outras fundações de pesquisa no estado foram contempladas.
Com isso, o questionamento do por que um senador eleito pelo povo do Pará optou por destinar uma quantia tão significativa para um projeto fora do estado de origem surge. Educadores e gestores de instituições paraenses indicam que o gabinete de Zequinha Marinho não consultou as universidades locais sobre a possibilidade de beneficiar projetos de inovação digital ou de economia solidária dentro do Pará.
Além disso, o Portal da Transparência não registra qualquer execução de recursos no Pará relacionados à emenda. Sendo assim, o dinheiro foi inteiramente empenhado, pago e executado pelo IFCE, com sede no município de Fortaleza.
Interesses e possíveis vínculos políticos
Nos bastidores, alguns observam que o gabinete de Zequinha Marinho pode manter estreitos vínculos com gestores ou fundações cearenses, especialmente no que se refere à formatação de projetos federais voltados para capacitação digital e inovação tecnológica. A FAIFCE, que recebeu a emenda, é uma fundação conhecida por administrar recursos federais em projetos de grande porte e em vários estados. Isso levanta dúvidas sobre o processo de escolha e execução do projeto.
Além disso, há também especulações sobre uma possível aliança política entre o senador e a fundação, que, por sua vez, teria sido favorecida pela flexibilidade na gestão dos recursos, algo que pode ser mais difícil de ser alcançado por entidades paraenses, que enfrentam maior controle local.
Situação das instituições de ensino no Pará
Enquanto o Ceará se beneficia com essa emenda, as instituições de ensino e pesquisa no Pará enfrentam sérios desafios financeiros. Universidades e centros de pesquisa paraenses sofrem com cortes orçamentários e falta de investimentos federais em infraestrutura e projetos de pesquisa aplicada. Educadores locais apontam que o estado, apesar de contar com profissionais qualificados e projetos em andamento, segue sem a devida atenção do governo federal.
“Temos uma capacidade instalada, com profissionais altamente qualificados e projetos que poderiam ser beneficiados por essa emenda. Mas, em vez disso, os recursos são enviados para fora do estado, o que é um desrespeito com os estudantes e com as instituições de ensino do Pará”, afirmou, sob anonimato, um professor da UFPA.
Falta de transparência e justificativas
Até o momento, Zequinha Marinho não apresentou uma explicação pública sobre a escolha de destinar os recursos a um projeto fora do Pará. Não há registros de ações ou iniciativas relacionadas ao projeto que envolvam o estado do Pará.
O pagamento foi realizado no dia 20 de maio de 2024, mas não houve qualquer comunicação sobre a implementação do projeto no Pará, o que aumenta as dúvidas sobre a real aplicação dos recursos e o impacto efetivo da emenda no estado do Ceará.
A decisão de Zequinha Marinho levanta questões sobre a forma como o senador tem conduzido a atuação dele no parlamentar. Eleito para representar os interesses do Pará, a destinação de uma emenda tão expressiva para um projeto fora do estado gera desconforto em setores acadêmicos e políticos locais. A falta de explicações sobre a escolha do Ceará como beneficiário do recurso também ajudam a reforçar as críticas à atuação do parlamentar.
Enquanto o Pará enfrenta dificuldades em obter investimentos federais para as universidades e centros de pesquisa, o estado do Ceará recebeu um repasse significativo.
Fonte: DOL e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 21/10/2025/15:54:01
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