Aeroporto espera 370 mil passageiros no Natal e Ano Novo

Aumento no fluxo de viajantes deve ser de 10% em relação ao ano passado

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) espera que, em dezembro, um total de 370 mil passageiros passem pelo Aeroporto Internacional de Belém (10% a mais que no mesmo período de 2013). Por enquanto, são 44 voos extras de dezembro a janeiro, com possibilidade de aumento até o fim da alta temporada, após o Carnaval. A alta temporada desencadeia, há mais de 10 anos, um plano de contingência em todos os aeroportos do Brasil, que já está em curso até entre o final de fevereiro e início de março. Todos os aeroportos paraenses estão incluídos.

Por ele, todos os funcionários da Infraero, em parceria com servidores de vários órgãos públicos que atuam nos aeroportos – Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), Polícia Federal, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor do Pará (Procon-PA), Polícia Civil e outros – reforçam o atendimento e fiscalização dos serviços.

“Será em todos os setores, da informação à limpeza. Até o pessoal dos setores administrativos vai circular pelos corredores e fiscalizar, orientar e dar apoio. Nosso telefone fica 24 horas no ar, pelo 3210-6000”, declarou o superintendente regional da Infraero, Abibe Ferreira Jr. Segundo ele, numa época de pico de movimentação, as críticas e reclamações são minimizadas.

Para evitar dificuldades, Abibe recomenda que os passageiros adiantem o máximo possível suas viagens, pois os voos costumam ficar lotados nessa época, principalmente os voos internacionais operados em Belém: Miami, Lisboa e Suriname. “Temos dois voos novos e percebemos que já está se usando bem a capacidade dessas linhas, mas acreditamos que 100% da capacidade será usada nesta alta temporada porque houve aumento da demanda”, adiantou, dizendo que outros destinos mais procurados são Confins (MG), Rio de Janeiro (RJ), Campinas (SP) e Brasília (DF). No Pará, Altamira e Santarém também têm tido alta movimentação.

Carla dos Santos e os filhos Caíque e Carter seguiram para Macapá (AP), na tarde desta quarta-feira, 17. Carlos Alberto Ferreira, o pai, estava no aeroporto para se despedir. Bom humor e ansiedade, tirando a longa fila para o check-in na Gol, que menos de uma hora antes do embarque, ainda não havia começado. “Fila longa mesmo, mas sem grandes problemas. Já vieram falar com a gente e deve ficar tudo bem”, comentaram a respeito do atendimento. Visualmente não havia tantas pessoas como esperava a Infraero para a necessidade de atendimento extra. Mesmo assim, a família disse ter sido contemplada.

Não tão satisfeito estava o vendedor José Wilys da Conceição, de 35 anos, que estava enfrentando a desinformação, um problema para quem vai fazer uma viagem de avião pela primeira vez, como ele. “Ainda não consegui pegar minha passagem e nem fazer o check-in. Me dizem para ir de um lugar a outro, não sabem dos horários… Meu voo é às 13h10. Já são mais de 11h30 e ainda não sei como vou para Macapá. Já falei com duas pessoas e ninguém resolveu”, criticou o vendedor.

Venda de passagens já começou a aumentar no Terminal Rodoviário

ançado seu ápice, as viagens a partir do Terminal Rodoviário de Belém já começam a registrar aumento nas vendas, segundo os vendedores nos guichês e nas lanchonetes. “Está bom. Vem mais gente no Ano-Novo, mas já começa, aos poucos, a ter mais movimento”, afirmou a vendedora Lúcia Gomes. No final de semana que antecedeu o Natal, no entanto, a movimentação ainda foi tranquila. A estimativa da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda (Sinarte), que administra o terminal, é de que mais de 49 mil passageiros passem por ali, mas, ontem, o que se viu foram poucas filas e muitos planos para as festas de final de ano, muitos deles relacionados ao reencontro de familiares.

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De malas prontas, Eliete Lopes contava as horas para rever sua terra natal e participar das festas de final de ano com a família, em Cametá. “A gente sempre vai para lá no Natal. Então, quando chega esta época é um grande reencontro dos parentes”, afirmou.

Enquanto tinha gente partindo, outros chegavam para rever a família. É o caso da funcionária pública, Natasha Lemos, que depois de oito anos conseguiu uma brecha no trabalho para visitar os pais. “Eu sempre ficava de plantão, mas desta vez consegui negociar bem a minha folga. Estou bem ansiosa porque faz muito tempo que não vejo meus pais e amigos”, explicou.

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De acordo com as estimativas da Sinarte os destinos mais procurados no Pará são Salinópolis, Marudá, Bragança, Colares e Mosqueiro. E para fora do Estado, Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), São Luiz (MA) e Paraíba (PI).

A falta de planejamento prévio pode atrapalhar, no entanto, os planos de viagem. Ontem, Edvaldo Santos estava com a esposa, dois filhos, algumas malas e muitas horas de espera de pela frente. Ele veio de Tefé (AM) para Belém e pretendia ir ainda pela manhã para São Luiz, onde vivem os parentes. mas, deixou para comprar as passagens somente quando chegasse na cidade. Resultado: o único ônibus disponível para o destino escolhido só sairia no final da tarde. “Estou é chateado com este sufoco. Toda vez a gente vai para lá e faz o mesmo percurso, mas chegou aqui e descubro que não tem ônibus. O pior é que vamos ter que ficar aqui esperando”, reclamou Edvaldo.

Fonte: ORMNews.

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