Após prisão nos EUA, paraense Kat Torres é encaminhada a penitenciária de Belo Horizonte

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Kat Torres está presa em uma unidade prisional de Belo Horizonte — Foto: g1

Influenciadora é alvo de queixas de estelionato e tráfico humano e havia sido presa nos EUA no início do mês. De acordo com a Justiça, ela está no Brasil em detenção desde 19 de novembro.

Após ser presa nos Estados Unidos, a influenciadora Katiuscia Torres Soares, de 34 anos, conhecida como Kat Torres, foi encaminhada a uma penitenciária em Belo Horizonte. Kat é alvo de uma série de denúncias, entre elas estelionato e tráfico humano.

A influenciadora se apresenta como coach e guru espiritual com milhares de clientes pelo mundo e passou a ser alvo de investigação depois que as famílias de duas brasileiras que viviam com ela denunciaram o desaparecimento das jovens.

Em outubro, uma delas, Letícia Maia, disse que era mantida em cativeiro e que tinha conseguido fugir, mas que sua amiga, Desirrê Freitas, ainda estava no local.

O vídeo foi respondido por Yasmin Brunet, que ofereceu ajuda, mas em resposta passou a ser acusada de tráfico humano. Brunet denunciou Letícia por calúnia, difamação e ameaça.

O caso foi exposto nas redes sociais e após as denúncias das famílias à polícia, Kat e as duas jovens foram presas no dia 2 de novembro em Maine, no extremo nordeste dos EUA. Segundo a polícia de imigração, elas estavam ilegais no país.

À época, o Fantástico chegou a conversar com a guru brasileira, que confirmou a prisão por problemas com passaporte.

Por meio de nota, na manhã desta terça-feira (22), a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que Kat deu entrada no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, em Belo Horizonte, no dia 19 de novembro.

Por meio de nota, o Ministério Público Federal (MPF) informou que Kat está presa preventivamente a pedido do Ministério Público Federal. Veja comunicado na íntegra:

“A ex-modelo Katiuscia Torres está presa preventivamente a pedido do Ministério Público Federal, com cooperação da Polícia Federal e da Interpol. Embora as investigações estejam sob sigilo, o MPF obteve autorização judicial para confirmar a informação. Katiuscia é investigada por tráfico de pessoas e redução a condição análoga à escravidão.

O MPF está colhendo depoimentos de vítimas de forma sigilosa, por meio de videoconferência. Qualquer pessoa que tenha sofrido danos pelas condutas da ex-modelo, já amplamente noticiadas na imprensa, pode procurar o MPF para formalizar seu relato, com a garantia de preservação de sua identidade e sem necessidade de comparecer a uma unidade da instituição. Não é necessária a assistência de advogados. Basta acessar o “MPF Serviços” e, na área “Protocolar”, clicar em “Representação inicial (denúncia)”. Na página seguinte, o(a) usuário(a) deverá preencher o formulário com a descrição dos fatos”.

Voos de deportados

Kat chegou a Minas Gerais no dia 18 de novembro em um voo com 51 deportados. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH.

Ela foi recebida pela Polícia Federal, responsável por cumprir um mandado de prisão que havia sido expedido pela 5ª Vara Criminal de São Paulo. O celular e documentos da mulher foram apreendidos.

No último sábado (19), a influenciadora foi encaminhada à penitenciária.

Quem é Kat Torres

Nascida em Belém (PA), em seu site oficial, Katiuscia se descreve como “life coach” com mais de mil clientes pelo mundo todo – de diversas crenças, classes sociais e exigências. Kat também afirma ser escritora, atriz e comediante.

No site, a coach promete “estratégias de evolução espiritual, na carreira, nas finanças e nos relacionamentos”. Os preços dos planos para ter acesso ao conteúdo dela variam de R$ 73 (mensal) a R$ 700 (anual).

Ex-clientes dizem que foram enganadas

Supostos rituais para segurar um amor ou banhos para atrair prosperidade eram oferecidos a clientes. Posteriormente, algumas afirmaram que foram enganadas pela guru espiritual.

Em conversa com a TV Globo, uma das ex-clientes disse que ficou vulnerável após sair de casa para trabalhar com Kat.

“Ela me tirou da minha casa, da estrutura que eu estava, me colocou numa situação totalmente vulnerável, que eu estava nas mãos dela, não me pagou salário nenhum e como que eu ia sair? Fiquei com fome muitas vezes”, contou.

Além disso, algumas das mulheres afirmaram que Kat propunha relacionamento com homens americanos em troca de dinheiro. Elas também afirmaram que acreditaram e investiram nas promessas da coach.

“Tinha acabado de perder os meus pais. E aí ela falou que eu precisava parar de tomar os meus antidepressivos. Eu tive que tirar as minhas aplicações. Bem por alto, acho que uns 80.000 e contar assim os juros que ela teria que pagar”.

Jornal Folha do Progresso em 22/11/2022/17:32:16

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