Ex-secretário de saúde de Mãe do Rio é preso por participar de desvio de R$ 4 milhões, no PA

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Francisco Sobrinho é suspeito de desviar dinheiro até mesmo de serviços funerários e marmitas. Ele se entregou a polícia nesta quarta, 13.

O ex-vereador e ex-secretário municipal de saúde de Mãe do Rio, nordeste do Pará, Francisco Gonzaga de Queiroga Sobrinho, foi preso nesta quarta-feira (13). Ele se entregou à Polícia Civil na sede da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), em Belém.

Francisco Sobrinho foi alvo da operação denominada Dilúvio realizada em 27 de abril deste ano, em Mãe do Rio, São Miguel do Guamá, Santa Maria do Pará e Aurora do Pará, na região nordeste do Pará. Na ocasião, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, oito de Condução Coercitiva e 7 de prisão preventiva. Na época da operação, Francisco Queiroga não foi encontrado, pois não estava em sua casa e desde então estava como foragido da Justiça.

Desvio de dinheiro público

Estima-se que os valores subtraídos com a participação de Francisco Queiroga ultrapassem R$ 4 milhões. De acordo com o delegado Carlos Vieira, responsável pelas investigações, os desvios foram detectados durante a administração do ex-prefeito José Ivaldo Martins Guimarães, cujo mandado encerrou em dezembro de 2016.

“Foram alvos de investigação diversos contratos de empresas dos mais variados ramos com o município. Desde fornecimento de serviço funerário, marmitas e transporte escolar, hospedagem e asfaltamento, além de outras irregularidades constatadas nas investigações”, detalha.

Sobrinho se apresentou ao delegado Carlos Vieira, da Delegacia de Combate a Defraudações Públicas, na DRCO. Segundo o delegado, na época da operação, a residência do ex-vereador passou por busca e apreensão autorizada pela Justiça. No local, os policiais apreenderam farta documentação que havia sido subtraída da Prefeitura de Mãe do Rio, onde o acusado atuou na função de secretário de Saúde até o final do ano de 2016.

Além do cometimento do crime pela subtração de documentos públicos, o ex-secretário foi investigado pelo cometimento de crime de peculato e outros crimes afins. “Esses crimes se relacionam à prática de desvios de recursos públicos e corrupção, praticada por organização criminosa em coautoria ao prefeito à época, além de outros servidores públicos de Mãe do Rio e pessoas particulares”, detalha o policial civil.

Ainda, conforme Vieira, a prática delituosa gerou danos significativos aos cofres públicos e à população de Mãe do Rio. “Vendo-se na iminência de ser preso pela Polícia, Queiroga, através de seus advogados, peticionaram ao juízo da Comarca de Mãe do Rio, previamente, abrindo mão de ser apresentado àquele juízo para audiência de custódia, por fundamentadamente temer que a população, que foi prejudicada pelo ex-secretário, tomada de ódio e revolta, atentasse contra sua integridade física, caso Queiroga estivesse em Mãe do Rio”, ressalta. Após passar por exame de corpo de delito, no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, em Belém, o preso foi encaminhado a uma casa penal da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), na região metropolitana, para ficar recolhido à disposição da Justiça.

O ex-prefeito da cidade, José Ivaldo Martins Guimãrães, mais conhecido por Badel, ainda está foragido da Justiça. Para garantir o ressarcimento ao erário público dos recursos desviados, os investigados na operação tiveram seu patrimônio judicialmente bloqueado. Ficaram indisponíveis veículos, imóveis e valores que existam em conta bancária até o total de R$ 1 milhão.

Tanto o ex-secretário quanto o ex-prefeito tentaram revogar as ordens de prisão preventiva contra eles determinadas pelo juiz Cristiano Magalhães, mas o Tribunal de Justiça do Estado indeferiu. As investigações da Polícia Civil ficaram a cargo da Delegacia de Repressão a Defraudações Públicas vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) em conjunto com a Promotoria de Justiça do Ministério Público em Mãe do Rio.

Fonte: G1 PA.
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