Governo brasileiro vai combater invasões de trabalhadores sem-terra, diz secretário

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Bolsonaro tentará classificar invasões de terras por movimentos de trabalhadores sem-terra como similar a terrorismo
(Foto:REUTERS/Ueslei Marcelino)

Partidários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caminham com a bandeira do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) durante a Marcha Lula Livre em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O governo do presidente Jair Bolsonaro tentará classificar as invasões de terras por movimentos de trabalhadores sem-terra como similar a terrorismo, com penas mais duras para os envolvidos, disse secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura nesta segunda-feira.

Luiz Antônio Nabhan Garcia afirmou que o governo deve convencer o Congresso Nacional a mudar a lei para lidar de forma mais rigorosa com tais invasões e dar à polícia maior autonomia para agir contra os invasores.

“É um desafio desse governo mostrar ao Congresso Nacional que isso é uma coisa muito parecida com terrorismo, ou propriamente dito em alguma circunstância como terrorismo, e ter uma aplicação mais severa da lei”, afirmou Nabhan Garcia a jornalistas.
Ruralistas formam base

Os produtores rurais formaram uma base de apoio fundamental para que Jair Bolsonaro fosse eleito presidente. Agora há uma lista de políticas favoráveis aos produtores que estão no centro da agenda do governo federal.

Garcia fundou o grupo de direita UDR, que se opõe às invasões de terras. Sua recém-criada secretaria para questões fundiárias consolida os poderes do Ministério da Agricultura sobre a reforma agrária e a demarcação das terras indígenas.

Garcia fez as declarações em resposta a uma invasão de terras no norte do Estado do Pará, o primeiro incidente sob a presidência de Bolsonaro, observando que centenas de invasões estão ocorrendo em todo o país.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), responsável por muitas dessas invasões, foi um grande apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Muitos movimentos de trabalhadores sem-terra buscam assumir propriedades em nome da justiça social e econômica para distribuir igualmente a riqueza rural, mas os ruralistas argumentam que esses movimentos desrespeitam as leis de propriedade do país.
Reforma agrária

Garcia defende iniciativas de reforma agrária já em vigor que redistribuem terras classificadas como “improdutivas” para os pobres das áreas rurais. Mas ele disse que as leis devem ser respeitadas e as invasões pela força não serão toleradas.

Enquanto fazia campanha no Pará, no ano passado, Bolsonaro defendeu fortemente a polícia, dizendo que policiais atiraram e mataram 19 sem-terras em um episódio sangrento em 1996 porque temiam por suas vidas.

Também nesta segunda-feira, Garcia ofereceu apoio do governo a investidores estrangeiros interessados em comprar terras no Brasil, uma prática proibida que exigiria a legalização pelo Congresso.

Fonte:Reuters

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