Lideranças e acadêmicos debatem diversidade e desafios da cultura na Amazônia
(Foto: Divulgação) – Kauacy Wajãpi ressaltou a importância dos saberes ancestrais
Em dois dias de programação, no Teatro Estação Gasômetro, foram apresentadas propostas para fortalecer políticas culturais na região
Com o objetivo de construir um documento norteador para avaliação de projetos culturais na Amazônia, o Seminário sobre “Amazonidade, transversalidade e relevância cultural”, promovido pelo Conselho Estadual de Cultura, reuniu no sábado (8) e domingo (9) representantes culturais, acadêmicos e lideranças para debater a diversidade e os desafios das políticas culturais na região.
A programação foi aberta no sábado (8), às 14h, no Teatro Estação Gasômetro, no Parque da Residência, com a apresentação do grupo Boi Marronzinho, do bairro da Terra Firme, que celebrou 32 anos de existência com um espetáculo de ritmos e danças tradicionais.
Na sequência, a mesa institucional contou com a presença de Ursula Vidal, secretária de Estado de Cultura; Denilce Rabelo, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura; Telma Saraiva, representante regional do Ministério da Cultura; e Antônio José Ferreira, conselheiro do Fórum Nacional de Conselhos Estaduais (Conecta). Todos destacaram a importância do seminário para fortalecer as políticas culturais da Amazônia.
No evento também foi apresentado o caderno “Cultura, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas”, fruto da parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e a ONG britânica Julie’s Bicycle.
A primeira mesa de discussão, mediada por Déia Palheta, contou com os debatedores Gilson Penalva, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); da professora Zélia Amador de Deus e de Kauacy Wajãpi, representante dos Povos Indígenas. Os participantes abordaram a Amazonidade como protagonista cultural.
A professora Zélia Amador ressaltou que “enquanto há vida, há cultura”, e defendeu os saberes amazônicos como essenciais para resistir à homogeneização cultural. O professor Gilson Penalva criticou a desvalorização da diversidade amazônica em detrimento de uma visão colonizadora. Segundo ele, “defender a Amazonidade é reconhecer essa riqueza cultural”.
A conselheira Kauacy Wajãpi reforçou a necessidade de incluir os saberes ancestrais na construção da identidade amazônica. “Como falar de Amazonidade sem levar em conta esses saberes?”, questionou.
Conhecimento ancestral – Na segunda roda de conversa, às 18h, foram discutidas vivências e pertencimento cultural com mestres da cultura popular, como Eneida de Melo, do primeiro ponto de cultura do Xingu. Eneida enfatizou a urgência de documentar os relatos das comunidades tradicionais para preservar a história e ancestralidade amazônicas.
O primeiro dia foi encerrado com a apresentação do grupo de carimbó Bico de Arara, de São Caetano de Odivelas, município do nordeste paraense.
Neste domingo (9), a programação começou às 9h, com apresentações culturais e religiosas de matrizes indígena e africana, promovendo uma reflexão sobre a pluralidade religiosa.
Propostas – Em seguida, os participantes registraram em um formulário suas principais propostas. O público foi dividido em grupos temáticos, entre eles: Patrimônio e Memória, Diversidade, Sustentabilidade, Multilinguagem e Tecnologia, conforme os eixos escolhidos na inscrição, possibilitando debates centrados nas especificidades de cada segmento.
O documento resultante das discussões será elaborado pelos pareceristas até março, para subsidiar políticas culturais e ampliar o reconhecimento dos saberes amazônicos.
Com uma programação composta por debates, reflexões e manifestações artísticas, o Seminário foi encerrado por volta de 13h, com a apresentação do Grupo de Capoeira Maery, de Ananindeua (Região Metropolitana de Belém).
Cerca de 400 pessoas se inscreveram para participar da programação, de forma presencial. Na modalidade on-line, foram mais de 400 inscrições.
Fonte: Amanda Engelke – Painah Silva – Ascom/Secult e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 10/02/2025/14:46:50
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