Mudanças climáticas afetam cadeia do pescado em Santarém, PA
De acordo com a Ufopa, foram 278 toneladas a menos em um ano.
Especialistas alertam para criação de um sistema de monitoramento.
A cadeia do pescado entre 2015 e 2016 foi reduzida em mais de 200 toneladas em Santarém. O fato foi constatado por meio do monitoramento do Instituto de Ciências e Tecnologias das Águas da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), na Feira do Pescado da cidade, que atrai centenas de pessoas diariamente e que já se tornou uma referência turísticas. Segundo os pesquisadores, fatores climáticos têm contribuído para a redução.
Enquanto as vendas acontecem o Instituto tem feito o levantamento de dados sobre a comercialização. Segundo o Doutor em Biologia, Keid Lemos, em 2015, foram 953 toneladas e em 2016 foram 666, resultando em uma redução de 278 toneladas. O dado preocupa os pesquisadores. “A gente está avaliando se o principal impacto foi por conta da mudança climática por conta do El nino. Tivemos uma seca muito intensa e isto diminuiu a quantidade de água nos lagos e teve uma mortandade muito grande de peixe e consequentemente, reduziu-se a quantidade de peixe disponível.Pode haver uma relação também com a liberação do defeso no ano de 2015 para 2016 e a pressão pesqueira foi bem maior”, ressalta Keid.
O especialista alerta que medidas precisam ser tomadas para evitar novas reduções e que a criação de um sistema de monitoramento pode ajudar a detectar problemas, além de possibilitar a elaboração de soluções para o pescado.
“Uma decisão que a gente tem conversado e que defendo é que se tenha um sistema de monitoramento do que está chegando aqui e fazer a estatística do desembarque pesqueiro na nossa região. Isto é um procedimento que os países mais desenvolvidos como Canadá, Inglaterra e Japão já fazem este tipo de controle. Desta forma, se um problema for detectado, temos a possibilidade de tomar alguma providência”, conclui keid lemos.
Fonte: G1 Santarém.
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