Destruição cresce nas pequenas áreas de florestas no Pará

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Estudo mostra que 58% dos desmates são feito em terrenos de até 25 hectares

Pesquisa produzida pelo Núcleo de Avaliação de Políticas Climáticas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (NAPC/PUC-Rio), em parceria com a Climate Policy Initiative (CPI), revelou que a prática de desmatamento em pequena escala é a principal responsável pelos números do desflorestamento alcançados no Estado do Pará, entre 2002 e 2012. De acordo com o estudo, divulgado na segunda-feira, dia 16 de agosto, 58% da destruição da floresta, em território paraense, é promovida e executada em áreas consideradas pequenas, com 25 hectares (o equivalente a aproximadamente 15 a 20 campos de futebol). Este método de operar permite aos desmatadores escapar dos mecanismos de monitoramento da floresta, que ainda têm alguma dificuldade em identificar focos em escalas menores.

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Os pesquisadores envolvidos no levantamento acreditam que os agentes responsáveis pelo desmatamento da floresta encontravam, e encontram, facilidade em escapar da fiscalização, desflorestando mais unidades de áreas menores. Em números, entre 2002 e 2012, o documento sublinha que o desmatamento em áreas pequenas cresceu de 20% para 54% em relação ao que representa dentro do espaço total desflorestado, no Estado do Pará. Esse movimento ocorreu ao mesmo tempo em que a destruição de áreas maiores foi reduzida consideravelmente. A proporção do desmatamento em áreas variando tamanho entre 100 hectares e 500 hectares recuou de 30% para 15% do espaço destruído, enquanto o desflorestamento em espaços com medidas superiores a 500 hectares teve sua representatividade diminuída de 20% para quase 0%, nesse mesmo período.

Circunstância similar pode ser observada a partir da avaliação do tamanho das propriedades desflorestadas, no Pará. O desmatamento cresce nas áreas menores. Considerando o mesmo período de apuração (2002 – 2012), as destruições ocorridas em terrenos pequenos (250 a 350 hectares) eram 10% do total e chegaram a quase 40%, no último ano. Aquelas executadas em áreas médias, retroagiram de 20% para cerca de 10% e as demais, feitas em regiões grandes, reduziram sua participação de 65% para 45%. O Estado tem 32 mil quilômetros quadrados (Km²) em pequenas propriedades, 41,6 mil Km² em médias propriedades e 155,5 mil Km² em grandes propriedades. São mais de 47,4 mil propriedades registradas. O desmatamento nas pequenas recuou 69%, enquanto nas médias e nas grandes caiu 92,5%, em média, na década destacada.

Conforme reforça o documento publicado pela PUC e pela CPI, a mudança para pequenas áreas desmatadas resulta principalmente da ineficácia do sistema de monitoramento, que contribui mais para a contenção de clareiras maiores que 25 hectares. Diante da maior facilidade de detecção da atividade ilegal e, consequentemente, do combate mais efetivo à mesma, agentes atuando em propriedades privadas alteraram suas práticas de desmatamento, passando a cortar floresta em pequenos incrementos para não serem detectados pelo sistema.

Uma expressiva parte das áreas desmatadas dentro de propriedades privadas no Pará era, portanto, menos visível aos agentes de monitoramento e aplicação da Lei. Na prática, os agentes responsáveis por esse desmatamento eram relativamente mais capazes de escapar do monitoramento. Isso sugere que as políticas de conservação podem ter sido mais eficazes em conter o desmatamento no Mato Grosso, por exemplo, outro Estado com índices altos, do que no Pará. No Mato Grosso, o desmatamento em áreas menores também é crescente, mas com representatividade variando entre 10% e 30%. Ou seja, o desmatamento em áreas maiores é mais comum e a detecção é mais efetiva, apesar de um dos problemas (em relação a áreas menores) ser o mesmo.

Entretanto, em ambos Estados, até agentes que operavam em pequena escala e em pequenas propriedades podem ter reduzido o desmatamento em resposta ao monitoramento mais acirrado em áreas vizinhas de médio ou grande porte, segundo o estudo. Esse efeito provavelmente foi mais forte no Mato Grosso, onde prevaleciam propriedades médias e grandes. Ademais, como a propriedade média no Mato Grosso é muito maior do que no Pará, provavelmente houve maior probabilidade do sistema de monitoramento detectar desmatamento dentro de propriedades privadas no Mato Grosso.

Apesar dos pesquisadores enfatizarem que os dados utilizados no estudo não permitem identificar as causas por trás das diferenças Estaduais, o trabalho ilustra como o comportamento individual, do governo federal e de cada governo, pode variar entre regiões. Diante disso, o desmatamento não pode mais ser tratado como um problema homogêneo na Amazônia, segundo postula o estudo. “Tomadores de decisão devem começar a adequar medidas e políticas às necessidades e diferenças locais e, assim, enfrentar o desafio de conter o desmatamento em pequena escala”, conclui.
Por: O Liberal
Foto: Wilson Dias/ Abr

Publicado por Jornal Folha do Progresso, Fone para contato 93 981171217 (Tim) WhatsApp:-93- 984046835 (Claro)  (093) 35281839  E-mail:folhadoprogresso@folhadoprogresso.com.br

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