Governo Federal anuncia operação de retirada de invasores de duas Terras Indígenas no Pará

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Área de garimpo dentro da Terra Indígena Trincheira Bacajá, município de Altamira, no Pará. — Foto: PF/Ascom

Cerca de 1.600 famílias vivem ilegalmente dentro das áreas das TIs Apyterewa e Trincheira Bacajá, umas das mais ameaçadas pelo desmatamento.

O Governo Federal anunciou que está iniciando nesta segunda-feira (2), em cumprimento a determinação judicial, a desintrusão de duas terras indígenas onde invasores vivem na área reservada a posse e direito de uso exclusivo de povos indígenas no Pará. Cerca de 1.600 famílias vivem ilegalmente na região.

Segundo o governo, a operação consiste na retirada de não indígenas que ocupam irregularmente parte das terras Apyterewa, homologada em 2007, e Trincheira Bacajá, homologada em 1996, entre os municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapu e Senador José Porfírio, no sudoeste do estado.

Estima-se que vivem cerca de 2.500 indígenas das etnias Parakanã, Mebengôkre Kayapó e Xikrim, distribuídos em 51 aldeias nas áreas. Há ainda registros de indígenas isolados e de recente contato no território, segundo o governo.

A operação é semelhante à que ocorreu na Terra Indígena Alto Rio Guamá (Tiarg), também no Pará, e a expectativa dos órgãos federais é que a saída de não indígenas de Apyterewa e Trincheira Bacajá ocorra de forma pacífica e voluntária.

Terras sob ameaça

A TI Apyterewa teve o maior desmatamento do país por 4 anos consecutivos e perdeu área maior do que Fortaleza. Imagens de satélite mostram a devastação entre 2020 e 2022 e foram expostas em estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).

A área de preservação indígena foi homologada por decreto em 2007, reservando 773 mil hectares ao povo Parakanã. O território fica dentro do município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará.

Imagens de satélite mostram destruição de floresta entre 2020 e 2022 dentro da Terra Indígena Apyterewa no

Já no caso da TI Trincheira Bacajá, o Ministério Público Federal (MPF) acionou a Justiça Federal em Redenção, no sudeste do Pará, processando o governo federal, a Funai e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para que fossem obrigados a realizar fiscalizações emergenciais e imediatas.

Em 2020, a TI alcançou o quarto lugar no ranking das áreas indígenas mais desmatadas na região, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Histórico

O governo informou que a “presença de estranhos no território indígena ameaça a integridade dos indígenas e causa outros danos como a destruição das florestas”. A TI Apyterewa está no topo da lista de desmatamento entre as áreas reservada a indígenas no Brasil.

As apurações de órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) apontam que algumas dessas famílias estão envolvidas em atividades ilegais, como criação de gado e garimpo, além de destruição da vegetação nativa.

Na operação ocorrida no Alto Rio Guamá, equipes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional devem seguir na região após a conclusão da desintrusão, na etapa de consolidação, aplicando medidas para impedir o retorno de invasores.

Além de Secretaria Geral, Ministério dos Povos Indígenas, Funai e Força Nacional, também participam da operação Incra, Ibama, Abin, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Comando Militar do Norte, Ministério do Trabalho e Emprego e Secom.

 

Fonte:g1 Pará — Belém e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 02/10/2023/16:45:02

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