MPF pede ação de forças federais para evitar conflito entre garimpeiros e indígenas na área Munduruku, em Jacareacanga

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Ação do garimpo ilegal na terra indígena Munduruku, em Jacareacanga, detectada em 2019. — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Segundo órgão, a invasão de garimpeiros tem aumentado desde o último domingo, 14.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu atuação urgente de forças federais para conter invasão de garimpeiros dentro do território do povo indígena Munduruku, na região do igarapé Baunilha, em Jacareacanga, no sudoeste do Pará.

O órgão pede que a Polícia Federal, que já investiga a atuação de grupos criminosos dentro da área indígena, tome providências para conter o avanço dos garimpeiros, se necessário com o apoio de outras forças policiais. O G1 solicitou nota da PF, mas ainda aguardava resposta até a publicação da reportagem.

Segundo o órgão, denúncias apontam um aumento das invasões desde domingo (14), com a entrada de um grande número de pás-carregadeiras. O movimento dos garimpeiros está sendo monitorado por helicópteros, “indicando uma ação orquestrada de grupos criminosos em associação com a pequena parcela de indígenas que atuam a favor do garimpo”.

Lideranças munduruku enviaram documentos ao MPF informando a situação, pedindo apoio das autoridades e informando que os invasores estão fortemente armados e vêm fazendo ameaças aos que resistem ao avanço dos garimpeiros.

Para o MPF, há risco iminente de um conflito no interior da terra indígena Munduruku, diante da articulação dos indígenas contrários à mineração ilegal.
Em agosto de 2020 chegou a ser iniciada uma ação de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que foi interrompida após uma visita do ministro do meio ambiente Ricardo Salles e da intervenção do Ministério da Defesa.
As circunstâncias da interrupção, para o MPF, incluíram suspeitas de vazamento de informações sigilosas e transporte de garimpeiros em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). As suspeitas estão sendo investigadas em dois inquéritos do MPF.

A fiscalização contra os garimpos ilegais nas terras do povo Munduruku também já foi requisitada pelo MPF em ação judicial proposta na Justiça Federal em Itaituba em junho de 2020. A ação cita que “avanço dos garimpeiros ilegais dentro do território provoca desmatamento, contaminação de rios e leva tráfico de drogas, prostituição e também o novo coronavírus”.

Por G1 PA — Belém

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