Perícia libera mais um corpo de vítima carbonizada no massacre no presídio de Altamira, no Pará

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Covas foram feitas para enterro de presos em Altamira. — (Foto: Reprodução/ TV Liberal)

Dos 20 corpos identificados por exames de DNA, 16 foram liberados até então. Dez ainda não foram identificados.

O Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) de Altamira, sudeste do Pará, liberou nesta quinta-feira (14) mais um corpo de vítima carbonizada no massacre que deixou 58 mortos no Centro de Recuperação do município, durante um confronto entre facções criminosas. A vitima foi identificada como Vanildo Souza Guedes.

Dos 58 mortos no presídio, 44 corpos já foram liberados no total. Segundo o CPCRC, 28 foram liberados logo após o massacre. Trinta passaram por exames de DNA, sendo que dez ainda não foram identificados.

Dos 20 corpos identificados por exames de DNA, 16 foram liberados, até então – um nesta quinta, oito na quarta-feira e sete na terça-feira. A liberação dos quatro cadáveres restantes deve ocorrer com a chegada dos familiares.

O CPRCR informou que para liberar os corpos é necessário apresentar RG da vítima e do familiar que vai assinar a liberação, além do comprovante de endereço.

Os mortos liberados, até então, são:

    Alessandro Silva Lima,
    André Carlos Santana Patrício,
    Bruno Rogério Andrade da Silva,
    Delimarques Teixeira Pontes,
    Diogo Xavier da Silva,
    Jeová Assunção da Silva,
    João Nilson Felicidade Farias,
    Lleonardo Dias Oliveira,
    Amilton Oliveira Câmara,
    Anderson Nascimento de Souza,
    Diego Walison de Sousa Reis,
    Geidson da Silva Monteiro,
    Itamar Anselmo Pinheiro,
    José Brandão Barbosa Filho,
    José Francisco Gomes Filho,
    Vanildo Souza Guedes.

Massacre

Presos caminham sobre telhado em presídio de Altamira, no Pará, durante massacre que deixou 57 mortos — Foto: Reprodução/TV Globo
Presos caminham sobre telhado em presídio de Altamira, no Pará, durante massacre que deixou 57 mortos — Foto: Reprodução/TV Globo

O massacre no presídio de Altamira, sudeste do Pará, começou após um grupo de presos render um agente penitenciário que encontrou facas e estoques durante revista.

Após a rendição do agentes, integrantes do facção criminosa Comando Classe A (CCA) invadiram o anexo onde estavam detentos que pertenciam ao Comando Vermelho (CV) e os homicídios foram realizados com as armas brancas que estavam escondidas.

Veja a lista dos mortos

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.

Morte de detentos na transferência
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Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém — Foto: Adriano Baracho / TV Liberal

Na noite do dia 30 de julho, quatro envolvidos na briga entre facções que resultou no massacre foram mortos durante o transporte para Belém, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Os corpos foram encontrados na manhã de quarta-feira (31) com sinais de sufocamento. A Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) não deu detalhes de como as mortes ocorreram.

De acordo com a Segup, os mortos são da mesma facção (Comando Classe A) e ocupavam a mesma cela no Centro de Recuperação Regional de Altamira. Foi essa facção que atacou integrantes do Comando Vermelho, facção rival. Os outros 26 presos que estavam no veículo e que seriam levados para a capital foram colocados em isolamento e serão ouvidos pela polícia.

O caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 presos –no momento dos crimes, 30 eram transportados. O Estado informou que não possui caminhão com celas individuais.

Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1
Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

 

Por G1 PA — Belém

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