Sete dos 10 principais produtos exportados do Pará aos EUA escapam do tarifaço de Trump
Estimativa é que o impacto sobre o volume exportado do Pará aos EUA seja de 20,1%, o que corresponde a uma retração de 1,1% nas exportações totais do Estado (APPA / Fotos Públicas)
Para setor industrial paraense, impacto das tarifas americanas às exportações paraenses será moderado.
Sete dos 10 produtos mais exportados pelo Pará aos Estados Unidos estão contemplados na lista de isentos da tarifa adicional de 40% imposta pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, aos itens brasileiros. É o que aponta o levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), por meio do Centro Internacional de Negócios (FIEPA CIN) e pelo Observatório da Indústria do Pará. Para o setor industrial paraense, com essas exceções anunciadas pelo governo americano, o impacto das tarifas americanas às exportações paraenses será moderado. O presidente Donald Trump assinou na última quarta-feira (30/7) o decreto que implementa uma taxa adicional de 40% sobre as tarifas de 10% que já estavam em vigor para os produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, totalizando uma taxa de 50% para os produtos brasileiros. No entanto, quase 700 itens foram incluídos na lista de exceções, entre elas, a alumina calcinada, responsável por 32,1% da pauta exportadora paraense com os EUA.
Também estão na lista outros produtos que se destacam na relação comercial entre o Pará e os Estados Unidos: ferro fundido bruto (14,9%), alumínio não ligado (5,46%), outros silícios (4,75%), bulhão dourado [bullion doré] (3,21%) e ferro-níquel (3,05%). Já o segmento de sucos de frutas teve aplicação parcial das tarifas, enquanto o hidróxido de alumínio, sebo bovino fundido e madeiras tropicais perfilada foram incluídos integralmente na taxação.
Segundo a Fiepa, considerando apenas os produtos efetivamente afetados, a estimativa é que o impacto sobre o volume exportado do Pará aos EUA seja de 20,1%, o que corresponde a uma retração de 1,1% nas exportações totais do Estado. Em um cenário com isenções, a queda nas exportações totais paraenses deve ser de 1,16%, resultando em uma retração de R$ 403 milhões no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Ainda conforme o estudo, a projeção de crescimento do PIB para 2025 cairia de 3,5% para 3,38%, o que representa uma redução de 3,31% sobre a expectativa inicial.
Embora as estimativas indiquem um impacto expressivo com a lista de isenções, o presidente da entidade, Alex Carvalho, afirma que a indústria paraense permanece em alerta. “A preocupação vai além das questões econômicas, há uma atenção especial aos impactos sociais”, destacou. “Precisamos compreender melhor, mesmo dentro desses 20% de itens que não foram isentos, como isso vai se refletir na geração de empregos e no número de empresas afetadas. Algumas dessas empresas têm quase 100% de suas exportações concentradas justamente nos produtos que continuam sendo tarifados”, acrescentou Carvalho. O estudo aponta que, em um cenário mais severo, com a taxação total de todos os produtos exportados para os EUA, a queda nas exportações chegaria a -2,81%, com impacto estimado de US$ 306 milhões. Essa retração provocaria uma perda de R$ 973 milhões no PIB estadual e uma redução de 8% na projeção de crescimento econômico para 2025, que passaria de 3,5% para 3,22%.
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