STF decide nesta semana se condena ou absolve Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
Foto:Reprodução | O julgamento do ex-presidente e de mais 7 réus do núcleo principal da trama golpista será retomado nesta terça-feira (9), com o voto do ministro Alexandre de Moraes.
Jair Bolsonaro fala com jornalistas após decisão do STF que determinou uso de tornozeleira eletrônica e operação da PF no dia 18 de julho de 2025.
O Supremo Tribunal Federal vai decidir nesta semana se condena ou absolve o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O julgamento do ex-presidente e de mais 7 réus do núcleo principal da trama golpista será retomado nesta terça-feira (9), com o voto do ministro Alexandre de Moraes.
Na quarta e na quinta-feira, os demais ministros irão votar, analisando a situação de cada um dos oito réus. Para serem condenados, eles precisam receber o voto de três dos cinco integrantes da Primeira Turma do STF.
A definição de eventuais penas está prevista para sair só na sexta-feira. Se for condenado à pena máxima por todos os crimes, Bolsonaro vai pegar mais de 40 anos de cadeia.
Neste domingo, 7 de setembro, milhares de manifestantes saíram às ruas em todo o país – a favor e contra – a anistia de Bolsonaro.
Os apoiadores do ex-presidente promoveram atos em São Paulo e no Rio de Janeiro e em outras 24 capitais para defender a anistia; atacar o ministro Alexandre de Moraes; e exaltar as sanções dos Estados Unidos.
Segundo um monitoramento feito pela USP, 85 mil pessoas participaram das manifestações bolsonaristas na Avenida Paulista e na Praia de Copacabana. Na capital paulista, o ato organizado pelo pastor Silas Malafaia reuniu nomes como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas e Romeu Zema.
No palanque, diante de uma grande bandeira dos Estados Unidos,
; pressionou Hugo Motta a pautar a anistia; e chamou o ministro Alexandre de Moraes de ditador e tirano:
‘Como é que vão condenar uma pessoa sem nenhuma prova? Porque eles têm uma única delação de um colaborador que mudou a versão seis, sete vezes em três dias, sob coação. Essa delação vale para alguma coisa? Uma delação mentirosa. Se a gente está aqui hoje defendendo uma anistia, é porque a gente sabe que esse processo está maculado. A gente sabe que esse processo está viciado. É por isso que a gente está aqui para dizer para o Hugo Motta, paute, paute a anistia’.
Em resposta ao discurso do governador Tarcísio de Freitas, o ministro Gilmar Mendes disse que o Brasil não aguenta mais as sucessivas tentativas de golpe. Em publicação nas redes sociais, o ministro mais antigo do STF reafirmou que crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão.
Em contraponto às falas do governador paulista, Gilmar Mendes disse que não existe uma “ditadura da toga” e nem tirania no STF. E ressaltou que a Corte cumpre sua função de guardiã da Constituição e do Estado de Direito.
O ministro ainda reforçou que os riscos à democracia não vieram do Judiciário, mas de ações como a negligência durante a pandemia; as ameaças ao sistema eleitoral; os acampamentos em frente a quartéis; e a tentativa de golpe de 8 de janeiro.
No discurso na Avenida Paulista, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chorou ao falar das restrições impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao marido:
‘Eu vejo a minha casa sendo violada, a minha filha de 14 anos tendo que ir para a escola e todos os dias ter que abrir o carro para a polícia verificar se tem alguém escondido dentro. Todos os dias, quando eu chego e saio, tem que revistar o meu carro. É muita humilhação o que nós estamos vivendo’.
Na Praia de Copacabana, o senador Flávio Bolsonaro também atacou o ministro Alexandre de Moraes e outros integrantes da Primeira Turma do STF:
‘E o que o Alexandre de Moraes está fazendo com o meu pai hoje é uma segunda facada, na sua alma. Alguém que abusa do seu poder para perseguir, para prender uma pessoa inocente, que faz com requintes de crueldade, que faz com vontade de humilhar. E todo mundo sabe o que vai acontecer essa semana lá no Supremo Tribunal Federal, porque aquilo não é um julgamento, aquilo é uma farsa, aquilo é um teatro, porque todo mundo já sabe o resultado’.
O 7 de setembro também foi marcado por atos promovidos por partidos de esquerda; centrais sindicais e movimentos sociais em mais de 70 cidades, incluindo 26 capitais.
No maior ato, que reuniu 9 mil pessoas em São Paulo, líderes como o deputado Guilherme Boulos, do PSOL, defenderam a condenação de Bolsonaro e a soberania nacional:
‘Eles podem chorar e resmungar vontade. Aliás, o choro vai crescer essa semana, acho que vai até inundar a Papuda, lá em Brasília, porque pela primeira vez na história desse país, os golpistas estão no banco dos réus para pagar pelos seus crimes, e vamos terminar a semana na sexta-feira com festa e com churrasco pela prisão do Bolsonaro. Não adianta bolsonarista fazer motim no Congresso, porque não vai ter anistia para golpista desse país. Golpista vai pagar na cadeia sem anistia’.
Fonte:CBN / Jornal Folha do Progresso e Publicado Por: Jornal Folha do Progresso em 08/09/2025/07:08:01
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